A agenda econômica cheia em todo o mundo, com dados econômicos, balanços e às vésperas das eleições nos Estados Unidos, promete movimentar bastante o mercado financeiro.
Na última semana, o desempenho das ações americanas foi afetado pela expectativa de novos dados e pela precificação dos juros futuros. S&P 500 caiu 0,96% e os títulos do Tesouro americano (Treasuries) de 10 anos apresentaram alta de 3,84%.
Por aqui — no Brasil —, o movimento não foi diferente. O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, caiu 0,6%, enquanto o dólar subiu 0,2%. O IFIX, índice de fundos imobiliários, teve uma desvalorização de 1,68%.
Segundo Sérgio Ricciardi, a tendência é de volatilidade no mercado, especialmente nos mercados emergentes. Além disso, questões geopolíticas, como o conflito entre Israel e Irã, também podem gerar incertezas.
Agenda econômica
A agenda dos Estados Unidos vai nortear as apostas do mercado. Por lá, teremos:
- Terça-feira (29): Relatório JOLTS de vagas de emprego;
- Quarta-feira (30): ADP (empregos no setor privado) e PIB;
- Quinta-feira (31): PCE (índice de preços dos gastos com consumo) e pedidos de seguro-desemprego;
- Sexta-feira (1): PMI (atividade econômica no setor industrial).
Ao redor do mundo, teremos a divulgação do PIB da Zona do Euro e CPI (inflação ao consumidor), na quarta e quinta-feira, respectivamente. E os dados de inflação na China, também na quarta-feira.
No Brasil, a agenda também será intensa:
- Terça-feira: dados da balança da conta-corrente e investimentos estrangeiros diretos;
- Quarta-feira: IGP-M e o CAGED, que mede a criação de empregos formais;
- Quinta-feira: a balança comercial e a relação dívida/PIB;
- Sexta-feira: dados de produção industrial.
Balanços das “sete magníficas”
Cinco das sete empresas mais influentes do S&P 500, as chamadas “sete magníficas” — Apple, Amazon, Meta, Microsoft e Alphabet — divulgarão seus resultados financeiros durante a semana. Juntas, essas gigantes representam cerca de 27% do peso do índice.