O BTG Pactual anunciou nesta sexta-feira (1º) a composição de sua carteira recomendada de BDRs (Brazilian Depositary Receipts) para novembro, apostando nas ações de empresas de tecnologia e inteligência artificial, como Apple, Nvidia e TSMC.
A estratégia visa acompanhar a economia norte-americana, que, segundo o banco, mostra resiliência, sustentada pelo consumo e pelo mercado de trabalho. O objetivo da carteira é superar o BDRX, índice de referência da B3.
Desempenho e mudanças da carteira para novembro
Em outubro, a carteira de ações internacionais teve uma alta de 6,6%, ganhando do seu benchmark, o BDRX que avançou 6%. Desde 2021 quando foi lançada, a carteira recomendada apresenta um retorno de 13,2% acima do BDRX.
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Para este mês, o BTG aumentou as participações em empresas do setor de tecnologia, como Apple (de 7% para 9%), Nvidia (de 8% para 9%) e TSMC (de 6% para 7%). Além disso, incluiu a siderúrgica Nucor, que se beneficia de tendências como a Lei de Chips dos EUA e investimentos em infraestrutura, e agora possui 3% da exposição na carteira.
A decisão do BTG de adicionar Nucor também está ligada ao desempenho robusto da empresa, que registrou uma margem EBITDA de 21% no último trimestre, superior à média de 9% entre 2017 e 2019.
Segundo o banco, o setor de materiais básicos tem potencial para crescimento no médio e longo prazo, especialmente devido ao “reshoring” (retorno de operações industriais aos EUA).
Ajustes em exposição à Meta
Neste mês, o BTG Pactual optou por reduzir a exposição ao setor de saúde, retirando a Thermo Fisher da carteira e diminuindo a participação na farmacêutica Eli Lilly, devido à menor demanda por seus produtos principais.
A Meta também teve sua participação ajustada (de 7% para 6%) após um aumento no “guidance” de capital para 2025, o que, segundo o banco, pode reduzir o fluxo de caixa da empresa.
Perspectivas do BTG Pactual para novembro
O BTG espera um crescimento de 2,8% do PIB dos EUA em 2024, com inflação moderada e o Federal Reserve realizando cortes graduais na taxa de juros. O banco acredita que esse cenário favorece investimentos em tecnologia e consumo, setores que compõem boa parte da carteira recomendada.