A Braskem, petroquímica brasileira, registrou um prejuízo líquido de R$ 593 milhões no terceiro trimestre de 2024, uma redução de 75% em comparação aos R$ 2,418 bilhões de prejuízo no mesmo período do ano passado, segundo o balanço financeiro divulgado na quinta-feira (7).
Apesar da melhora, o acumulado entre janeiro e setembro registra um prejuízo de R$ 5,673 bilhões, um aumento de 89% em relação ao mesmo período de 2023.
Ebitda cresce com alta nas vendas
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) recorrente foi de R$ 2,394 bilhões, um aumento significativo de 160% em comparação ao terceiro trimestre de 2023. No acumulado do ano, o Ebitda recorrente atingiu R$ 5,202 bilhões, com crescimento de 94% frente ao ano anterior.
Esse crescimento é atribuído ao aumento nas vendas de produtos químicos no mercado brasileiro e à alta nos preços internacionais de resinas e produtos químicos.
Dívida e alavancagem ainda elevadas
O endividamento da companhia também apresentou números elevados. Em 30 de setembro de 2024, a dívida média da Braskem tinha prazo de vencimento de cerca de 6,2 anos, com 95% dos vencimentos a partir de 2029.
A taxa de câmbio, inclusive, impactou diretamente os custos financeiros da dívida, uma vez que grande parte está vinculada ao dólar.
A alavancagem da Braskem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda recorrente, é de 7,54 vezes, valor alto, mas ainda assim uma redução de 60% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Esse índice de alavancagem indica o grau de dependência da companhia em relação ao endividamento para financiar suas operações.
Mercados internacionais
Nos Estados Unidos e na Europa, o Ebitda recorrente da Braskem foi de US$ 71 milhões (R$ 395 milhões), representando 15% do Ebitda consolidado da companhia no trimestre.
No México, o Ebitda foi de US$ 80 milhões (R$ 445 milhões), com aumento impulsionado pelo spread (diferença entre o preço de venda e o custo) de PE (polietileno) no mercado internacional.
*Com informações do Grupo CMA