O Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) do Federal Reserve (Fed) decidiu cortar a taxa básica de juros dos EUA em 0,25 ponto percentual (pp), para o intervalo de 4,5% a 4,75% ao ano. A decisão foi comunicada na tarde desta quinta-feira (7).
A votação foi unânime, com todos os doze participantes votando pela redução na taxa de juros.
Segundo o relatório, os indicadores recentes mostraram que a atividade econômica segue se expandindo em um ritmo sólido, com a inflação progredindo em direção ao objetivo de 2%, mesmo continuando um pouco elevada. Também foi destacada uma melhora no mercado de trabalho.
Este é o segundo corte de juros desde 2020, que dá continuidade ao ciclo de afrouxamento monetário na maior economia do mundo. Antes dos dois cortes, o Fed manteve por oito reuniões consecutivas os juros entre 5,25% e 5,50% ao ano.
Decisão do Fed era esperada
Ontem, 98% dos analistas acreditavam em um corte de 0,25 pp, segundo o monitoramento do CME Group. Para a reunião de dezembro, o mercado segue dividido, com 63,8% acredita em um novo corte, enquanto 36,2% aposta em uma manutenção (veja abaixo).
Por que os juros subiram tanto nos EUA?
Com a pandemia da Covid-19 e a guerra entre Ucrânia e Rússia, a inflação dos Estados Unidos subiu exponencialmente, chegando a atingir a maior inflação em 40 anos em 2022 (9,1%).
A taxa básica de juros serve para desacelerar a economia e, assim, controlar a inflação. Ou seja, conforme a inflação subiu, os juros nos EUA subiam.
Em maio de 2023, depois de 10 altas consecutivas, o Federal Reserve parece ter encontrado um intervalo estável para controlar a inflação (entre 5,25% e 5,50% ao ano).