A Cemig (Companhia Energética de Minas Gerais) anunciou um lucro líquido de R$ 3,28 bilhões no terceiro trimestre de 2024, uma alta de 165,1% em relação ao mesmo período do ano passado. Os resultados foram divulgados na noite de ontem (13).
Segundo a companhia, o forte resultado financeiro é atribuído ao desempenho da Cemig GT (Geração e Transmissão), que registrou um crescimento de 436,6% em seu lucro, alcançando R$ 2,63 bilhões no terceiro trimestre de 2024.
Aumento na energia distribuída
No segmento de distribuição (Cemig D), houve um aumento de 4,5% na energia distribuída em comparação ao terceiro trimestre do ano passado, refletindo maior consumo nas classes residencial, industrial e rural. Apesar desse crescimento, o lucro da Cemig D sofreu um impacto negativo devido a perdas de energia superiores ao limite regulatório.
Receita e Ebitda ajustado
A receita líquida operacional da Cemig no terceiro trimestre de 2024 foi de R$ 10,148 bilhões, representando um aumento de 7,7% em comparação ao mesmo período de 2023.
O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da companhia ficou em R$ 4,96 bilhões, um avanço de 146,5% na mesma comparação.
No entanto, o Ebitda ajustado exclusivo para o segmento de distribuição apresentou queda de 10,3%, evidenciando desafios em manter a rentabilidade em meio a custos elevados e mudanças tributárias, incluindo maior alíquota de imposto, que passou de 16,4% para 27,9% entre o terceiro trimestre de 2023 e o terceiro trimestre de 2024.
Expansão da base de clientes e consumo de energia
Em setembro de 2024, a Cemig registrou uma base de 9,35 milhões de clientes, uma expansão de 1,95% em relação a setembro de 2023. O fornecimento total de energia, considerando clientes cativos e livres, aumentou 4,5% no terceiro trimestre, impulsionado pelo crescimento de consumo nas classes residencial, industrial e rural.
Esse aumento de demanda pode trazer desafios e oportunidades para a companhia, uma vez que o consumo em alta exige investimentos contínuos em infraestrutura para suportar o crescimento da base de clientes e as necessidades energéticas dos setores produtivos.
*Com informações do Grupo CMA