O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desacelerou na passagem de outubro para novembro, registrando alta de 0,39% em novembro. Com o resultado, a inflação oficial brasileira acumula alta de 4,87% em 12 meses, rompendo o teto da meta, de 4,75%.
Os dados divulgados na manhã desta terça-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vieram levemente acima das expectativas do BTG Pactual, de uma inflação acumulada de 4,8%.
Principais grupos de influência
O grupo Alimentação e bebidas foi o principal responsável pela alta de novembro, com avanço de 1,55%. Entre os itens que mais impactaram o índice estão as carnes (+8,02%), óleo de soja (+11%) e café moído (+2,33%).
Apesar disso, quedas nos preços de itens como manga (-16,26%) e cebola (-6,26%) ajudaram a moderar a pressão sobre o grupo.
Já Habitação foi o grupo com maior impacto negativo, registrando queda de 1,53%, puxada pela redução de 6,27% na energia elétrica residencial. A alteração reflete a adoção da bandeira tarifária amarela em novembro e ajustes tarifários em algumas cidades.
No grupo Transportes, houve alta de 0,89%, com destaque para o aumento de 22,65% nas passagens aéreas, que somaram 0,13 ponto percentual ao índice geral. Combustíveis, por outro lado, registraram queda de 0,15%, com recuos no etanol (-0,19%) e na gasolina (-0,16%).
Resultados regionais
Regionalmente, o maior avanço foi em Rio Branco (+0,92%), influenciado pela alta das carnes (8,04%), enquanto Porto Alegre teve a menor variação, com alta de 0,03%, reflexo da queda na energia elétrica residencial (-7,67%).