O dólar comercial fechou em queda de 1,08%, cotado a R$ 5,2180. A moeda norte-americana caiu durante toda a sessão, impactada majoritariamente por fatores domésticos, em especial a disputa eleitoral brasileira, que aponta um crescimento de Jair Bolsonaro (PL) que, de acordo com as pesquisas de intenção de voto, subiu nos últimos dias.
Segundo o sócio da Top Gain Leonardo Santana, “lá fora o dólar está quase estável e aqui continuamos em queda. A faixa justa atual é entre R$ 5,20 e R$ 5,30, até as eleições. Os investidores estrangeiros estão vendidos em câmbio, e a cautela segue até a definição de quem será o próximo presidente”.
Para o economista-chefe da Nova Futura Investimentos, Nicolas Borsoi, “o mercado está reagindo a fatores internos, com as pesquisas migrando para um empate técnico”.
Borsoi também entende que, no caso de hoje, o leilão do Banco Central (BC) ajuda a aliviar o câmbio, ação que tem efeito apenas de curto prazo.
De acordo com a Ajax Asset, “lá fora, as taxas de retorno anual dos Treasury Bonds (títulos do Tesouro dos Estados Unidos) estão estáveis para o prazo até dois anos e recuam para os vencimentos mais longos. Assim, os ativos de risco se recuperam. Por aqui, noticiário sobre as eleições predomina, e menor vantagem de Lula pode ser positiva aos ativos de risco”.
A pesquisa Datafolha, divulgada ontem, apontou que o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem 52% dos votos válidos, enquanto o postulante à reeleição, Jair Bolsonaro, possui 48%.
Paulo Holland / Agência CMA
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