O dólar comercial fechou em alta de 0,41%, cotado a R$ 5,2750. O driver da sessão foi o Livro Bege, que acabou não mostrando novos indícios sobre os próximos passos do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), e apenas reiterou as preocupações da instituição com o emprego e a inflação estadunidenses.
Segundo o head de análise macroeconômica da Greenbay Investimentos, “não teve nenhuma novidade no Livro Bege, nada muito novo na análise da atividade”.
“O fluxo líquido diminui com o final de ano, enquanto aumenta o fluxo de saída, é um movimento sazonal. Além disso, o mercado segue monitorando as tensões internacionais e a política monetária do Fed”, explica Serrano.
Para o analista da Ouro Preto Investimentos Bruno Komura, “o cenário macro dos Estados Unidos parece que está desacelerando e sentindo os efeitos da política do Fed, mas as empresas têm tido lucro acima do previsto, o que ajuda a aliviar o quadro”.
De acordo com a economista-chefe do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte, “tivemos mais um pregão de ajuste na taxa de câmbio. Possivelmente a reversão das políticas fiscais no Reino Unido, alguma estabilidade nos mercados acionários e a queda dos preços da energia na Europa abriram espaço para mais uma correção no mercado de câmbio”.
Consorte, no entanto, destaca que os dirigentes do Fed mantiveram o tom mais duro, e que o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, destacou a inflação elevada e a continuidade do aperto monetário: “Isso deve manter a pressão sobre as taxas de câmbio dos emergentes”, projeta a economista.
Paulo Holland / Agência CMA
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