O dólar abriu em alta. Além das incertezas globais que assolam os mercados, o driver do dia é a divulgação do Livro Bege, às 15h, aglutinado de informações que costuma servir como base para os dirigentes do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) definirem os próximos passos da política monetária.
De acordo com a economista-chefe do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte, “tivemos mais um pregão de ajuste na taxa de câmbio. Possivelmente a reversão das políticas fiscais no Reino Unido, alguma estabilidade nos mercados acionários e a queda dos preços da energia na Europa abriram espaço para mais uma correção no mercado de câmbio”.
Consorte, no entanto, destaca que os dirigentes do Fed mantiveram o tom mais duro, e que o presidente do Fed de Atlanta, Raphael Bostic, destacou a inflação elevada e a continuidade do aperto monetário: “Isso deve manter a pressão sobre as taxas de câmbio dos emergentes”, projeta a economista.
Por volta das 9h39 (horário de Brasília), o dólar comercial subia 0,59%, cotado a R$ 5,2840 para venda. No mercado futuro, o contrato da moeda norte-americana com vencimento em novembro de 2022 avançava 0,74%, cotado a R$ 5.294,50.
Paulo Holland / Agência CMA
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