A reeleição de Donald Trump resultou em uma injeção de mais de US$ 140 bilhões (cerca de R$ 850 bilhões) em fundos de investimento nos Estados Unidos. E os bilionários acreditam que, nos próximos cinco anos, o país é o lugar certo para deixar seu dinheiro.
O chamado republican sweep — quando republicanos assumem controle da Casa Branca, Câmara e Senado — reforçou a confiança dos investidores em uma agenda econômica mais favorável ao mercado interno, incluindo políticas de desregulamentação e estímulos à indústria americana.
O principal destino é a bolsa americana, com índices como Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq atingindo recordes sucessivos. No entanto, as criptomoedas também ganharam espaço, com especialistas projetando um “boom” em moedas digitais além do Bitcoin.
No novo episódio do Ligando os Pontos, Marcos de Vasconcellos, CEO do Monitor do Mercado, explica a importância de saber como o passo das maiores fortunas do mundo pode ajudar a estruturar sua carteira de investimentos.
Relatório mapeia as apostas dos bilionários
Um relatório do UBS em parceria com a PwC revelou as preferências de investimento de bilionários ao redor do mundo. No curto prazo, 80% desses investidores veem os EUA como o destino mais promissor, enquanto apenas 25% consideram Ásia-Pacífico (exceto China) e 11% veem oportunidades na China.
Já no médio prazo, a perspectiva muda. A expectativa de retorno nos EUA cai para 68%, enquanto Ásia-Pacífico sobe para 45% e China, para 31%. Essa mudança reflete um foco em diversificação geográfica, com atenção crescente ao potencial de crescimento econômico da Ásia.
Classes de ativos em destaque
Quanto aos tipos de investimento, 43% dos bilionários pretendem aumentar a exposição a imóveis, 42% a ações (principalmente de tecnologia e inteligência artificial) e 40% a ouro e metais preciosos. Esses ativos são considerados estratégias de proteção contra riscos geopolíticos e volatilidade no mercado global.
Impactos nos mercados emergentes
O capital migrado para os Estados Unidos está saindo de mercados emergentes, como Brasil e China, além de economias europeias. Segundo especialistas, a saída de recursos desses mercados pode gerar pressão nos ativos locais, desafiando investidores a ajustar suas estratégias.