A PetroReconcavo (RECV3) firmou um acordo estratégico com a Brava Energia (BRAV3) para adquirir 50% dos ativos de midstream de gás natural no Rio Grande do Norte.
O valor da transação é de US$ 65 milhões e inclui unidades de processamento de gás natural (UPGNs) e infraestrutura essencial para armazenamento e transporte.
Na manhã desta quinta-feira (19), durante a primeira hora de negociações, os papéis RECV3 e BRAV3 operam em alta de 2,25% e 1,80%. Ontem, em meio ao desempenho negativo do Ibovespa — queda de 3,15% — as ações das companhias recuaram mais de 5% cada uma.
Detalhes da transação entre Petrorecôncavo e Brava
Entre os ativos contemplados estão:
- Unidades de Processamento de Gás Natural (UPGN II e III): Localizadas em Guamaré, com capacidade combinada de 3 milhões de metros cúbicos por dia.
- Gasoduto: Conexão direta entre as instalações da PetroReconcavo e o Ativo Industrial de Guamaré.
- Esferas de GLP: Infraestrutura destinada ao armazenamento de gás liquefeito de petróleo produzido nas UPGNs.
O próximo passo será a negociação e assinatura do contrato definitivo de compra e venda (SPA). A conclusão está prevista para 2025, sujeita ao cumprimento de condições regulatórias e legais. Durante esse período, as empresas estabelecerão um comitê conjunto para coordenar as operações dos ativos.
Investimentos na Bahia reforçam estratégia de midstream
Além da parceria no Rio Grande do Norte, a PetroReconcavo anunciou um investimento de US$ 60 milhões na construção de uma nova Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) em Pojuca, Bahia.
A planta, com capacidade para processar até 1,5 milhão de metros cúbicos diários, visa atender os ativos locais que não estão conectados à Unidade de Tratamento de Gás (UTG) São Roque.
José Firmo, CEO da PetroReconcavo, afirmou que a parceria com a Brava Energia e os novos investimentos na Bahia representam um avanço significativo para fortalecer as operações de midstream, aumentar a eficiência e potencializar a geração de valor da companhia no mercado de gás natural.