As projeções para o mercado de crédito no Brasil, em 2022 e 2023, tiveram uma melhora expressiva entre setembro e outubro, segundo pesquisa da Febraban (Federação Brasileira de Bancos).
Pela 6ª vez consecutiva, os bancos elevaram a projeção de alta da carteira de crédito para 2022 ,que passou de 11,4% para 13,9%. O patamar é muito próximo da projeção do Banco Central que prevê um aumento de 14,2%.
Para 2023, a média das projeções para a expansão da carteira total subiu de 6,9% para 8,0%, com crescimento inferior ao patamar verificado este ano — em razão da política monetária mais restritiva e da previsão de menor crescimento do PIB.
Segundo a instituição, a melhora das expectativas pode ser atribuída aos dados econômicos mais recentes, ao crescimento maior que o esperado da atividade e as medidas de estímulo; como a reedição de programas públicos de crédito.
A Pesquisa de Expectativas da Febraban revelou que para 80% dos bancos a decisão do Copom de manter a taxa Selic em 13,75% ao ano, e encerrar o ciclo de aperto monetário em sua última reunião, são adequada para o momento econômico. Para os outros 20%, pelo menos mais um ajuste de 0,25 ppnto percentual seria pertinente.
Em relação às expectativas sobre uma flexibilização monetária, 60% dos participantes esperam que o processo se inicie no 2º trimestre de 2023 e 40% acreditam que a taxa Selic deve começar a cair apenas no 3º trimestre.
As projeções preveem que a taxa Selic fique em 13,75% aa nas próximas reuniões até maio de 2023; sinalizando que a queda da Selic ocorreria apenas a partir de junho.
Para o câmbio, a expectativa é de que se mantenha na faixa de R$/US$ 5,20-5,30 até meados do próximo ano.
A Pesquisa Febraban entrevistou 20 bancos entre 28 de setembro e 4 de outubro. Ela é refeita cada 45 dias, – logo após a divulgação da Ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
A pesquisa reúne as percepções das instituições financeiras sobre a atuação do Copom e as projeções para o desempenho das carteiras de crédito para o ano corrente e o seguinte.