O golpe da mão fantasma é um esquema em que criminosos conseguem acessar dispositivos móveis de forma remota para roubar informações pessoais e financeiras. Ao ter acesso ao celular da vítima, os fraudadores podem monitorar e manipular aplicativos, principalmente os bancários, sem o conhecimento da pessoa. Essa técnica é frequentemente usa um link malicioso que instala um malware no dispositivo, permitindo o controle remoto.
Esse tipo de ataque ocorre sem que a vítima perceba, razão pela qual é chamado de mão fantasma. Os criminosos alteram configurações e executam transações rapidamente, aproveitando-se de qualquer senha salva no aparelho para sacar ou transferir dinheiro.
Como o malware é instalado no dispositivo?
O malware, que é o ponto de partida para o golpe da mão fantasma, geralmente é introduzido no dispositivo de três maneiras principais. A primeira é através da persuasão da vítima para que baixe um aplicativo malicioso, muitas vezes após receber uma ligação falsa de uma central de atendimento. Os golpistas usam histórias convincentes para fazer a vítima acreditar que precisa executar essa ação para resolver um problema.
A segunda forma é por meio de um golpe de phishing, onde os criminosos enviam e-mails, mensagens em redes sociais ou aplicativos de conversa com tom urgente, alertando sobre transações suspeitas ou promessas de prêmios, persuadindo a vítima a clicar em links infectados.
Por fim, os golpistas podem explorar brechas de segurança em sistemas desatualizados para instalar o malware. Por isso, manter os dispositivos e aplicativos atualizados é crucial.
Como identificar uma conta hackeada?
Existem alguns sinais que podem indicar que uma conta foi comprometida pelo golpe da mão fantasma. Um dos mais claros é perceber ações no celular que não foram realizadas pelo usuário, como movimentações ou mudanças de configuração sem explicação. Este comportamento é frequentemente registrado em vídeo e exemplificado em relatos de vítimas.
Outro indicador é o desativamento de notificações de aplicativos, o que impede a vítima de ser alertada sobre transações ou movimentos suspeitos em tempo real. Mantenha-se atento a alertas vindos por outros canais, como e-mails ou SMS, de instituições financeiras sobre atividades incomuns.
A observação de transações ou e-mails de troca de senha não solicitados também serve como pista para identificar um acesso não autorizado. Tais atividades podem significar que a conta foi alvo de criminosos.
Como se proteger do golpe da mão fantasma?
A principal maneira de se proteger contra o golpe da mão fantasma é evitar clicar em links ou instalar aplicativos de fontes desconhecidas. Organizações financeiras legítimas não solicitam que você instale apps para resolver questões de segurança ou de conta. Portanto, desconfie sempre de contatos não solicitados que peçam tais ações.
Desconfie de qualquer ligação ou mensagem que se apresente em nome de seu banco ou operadora de cartão de crédito, especialmente aquelas que utilizam uma linguagem urgente ou de medo. Em qualquer suspeita, entre em contato diretamente com a instituição usando os canais oficiais.
A utilização de redes de wi-fi públicas também deve ser evitada para transações financeiras, pois isso aumenta o risco de exposição a hackers. Dar continuidade à segurança do dispositivo mantendo-o atualizado com as últimas versões de software é outro passo essencial.
O que fazer se cair no golpe do acesso remoto?
Se perceber que caiu no golpe da mão fantasma, a primeira ação é desconectar o dispositivo da internet, desativando o wi-fi. Em seguida, é prudente entrar em contato com a operadora de telefonia para bloquear a linha e, se possível, o próprio aparelho por meio do IMEI, impedindo o uso dos dados pelos golpistas.
Contate imediatamente a instituição financeira para reportar qualquer transação suspeita. Muitas vezes, é possível reverter operações antes que causem danos irreversíveis. Além disso, um boletim de ocorrência deve ser registrado na delegacia, pois pode ser necessário para investigações futuras e ressarcimentos.
Estar sempre informado sobre as táticas dos golpistas e manter uma vigilância contínua das atividades das contas é fundamental para proteger-se contra fraudes digitais.
