No início de 2024, boas notícias surgiram para os consumidores brasileiros que realizam compras no exterior. O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), frequentemente associado a transações internacionais com cartão de crédito, teve sua alíquota reduzida de 4,38% para 3,38%. Essa mudança visa aliviar um pouco os efeitos de um câmbio desfavorável, principalmente após a significativa desvalorização do real ao longo do ano anterior.
Essa medida faz parte de um plano de redução gradual que culminará em 2028, quando o IOF sobre transações com cartão de crédito para compras no exterior será totalmente zerado. A ação foi implementada com o intuito de facilitar a movimentação de capital e alinhar o Brasil aos requisitos exigidos para a entrada na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
Qual o impacto da desvalorização do real em viagens internacionais?
O ano de 2024 trouxe um grande desafio econômico com a valorização do dólar, que resultou em uma perda de quase 30% do valor do real em relação à moeda norte-americana. Para os brasileiros que frequentemente investem em compras internacionais, essa mudança significou um aumento significativo nos gastos com produtos e serviços adquiridos fora do país.
Diante desse cenário, a redução do IOF oferece um alívio, ainda que modesto, frente à disparidade cambial. Embora o impacto imediato possa parecer pequeno, a longo prazo, a isenção completa do IOF representa uma perspectiva mais otimista para quem realiza transações financeiras no exterior.
Quais outras alternativas existem para economizar no exterior?
Além da redução do IOF para compras no exterior, os viajantes têm outras opções para minimizar custos. Uma alternativa viável é o uso de cartões vinculados a contas internacionais, que operam com taxas de conversão de câmbio mais favoráveis comparadas às taxas de cartões de crédito tradicionais. Esses cartões oferecem maior flexibilidade e economia nas transações.

Além disso, o IOF sobre compras de moeda estrangeira em espécie permanece em 1,1% até que seja zerado também em 2028. Assim, para transações menores e planejamentos de viagem, adquirir moeda estrangeira antecipadamente pode ser uma estratégia eficaz para fugir das oscilações cambiais.
O que se espera para o futuro das finanças internacionais do Brasil?
Com o governo comprometido em zerar o IOF até 2028, espera-se que outras políticas econômicas sejam implementadas para fortalecer a moeda local e estabilizar o mercado financeiro. A entrada do Brasil na OCDE pode fornecer maior credibilidade ao país no cenário internacional, atraindo investimentos e facilitando negociações comerciais.
Em conclusão, a redução do IOF nas compras no exterior representa um passo importante para tornar o mercado brasileiro mais competitivo e atrativo para os consumidores. Embora o caminho para uma estabilização total do câmbio seja longo, as medidas atuais indicam um compromisso com a melhora das condições econômicas internacionais.