A Embraer (EMBR3) encerrou 2024 com 206 aeronaves entregues, crescimento de 14% em relação ao ano anterior. No quarto trimestre, a companhia entregou 75 aeronaves, incluindo 31 jatos comerciais e 44 executivos.
O desempenho foi considerado positivo por analistas, com as ações da empresa sendo uma das poucas que operam no campo positivo nesta quarta-feira (8). O avanço, no entanto, é tímido — alta de 0,10%, a R$ 58,10. Na máxima do dia, a empresa subiu 1,46%.
Entregas da Embraer no último trimestre
No segmento comercial, as entregas incluíram 11 unidades do E175, dois E190-E2s e 18 E195-E2s, totalizando 31 jatos no último trimestre. No ano, foram entregues 73 unidades, atingindo o limite superior do guidance revisado para 2024, que era de 70 a 73 aeronaves.
No segmento executivo, a Embraer entregou 44 jatos no trimestre, fechando o ano com 130 entregas. O número veio na faixa intermediária da projeção, que variava entre 125 e 135 unidades para o ano.

Mercado avalia resultado como positivo
O Citi destacou que os volumes entregues no segmento comercial ficaram em linha com o esperado e que as entregas na aviação executiva, apesar de levemente abaixo do previsto, apresentaram boa qualidade devido ao foco em aeronaves de maior valor. O banco reiterou sua recomendação de compra para a Embraer, com preço-alvo de US$ 44, representando um potencial de alta de 16%.
A XP Investimentos avaliou as entregas como ligeiramente positivas, considerando os desafios relacionados à cadeia de suprimentos no setor aeroespacial. Já o Safra enfatizou o panorama promissor para o programa de defesa KC-390, apesar de as entregas no segmento terem ficado abaixo do esperado.
O BTG Pactual destacou o ritmo sólido de entregas da Embraer e fixou preço-alvo de US$ 47 para as ADRs da companhia, o que representaria um potencial de valorização de 23,8%.
Perspectivas para 2025
Analistas ressaltam que o segmento de aviação comercial da Embraer possui potencial de margens mais fortes, enquanto o setor de aviação executiva deve continuar se beneficiando da forte demanda. Na defesa, espera-se um aumento no ritmo de entregas e novos pedidos em 2025, incluindo contratos internacionais estratégicos.
Além disso, o mercado aguarda o guidance para 2025, que deve ser divulgado no quarto trimestre deste ano, e acompanha de perto o desenvolvimento do projeto de eVTOL, com foco na conversão de cartas de intenção em pedidos firmes.