O dólar comercial fechou em queda de 0,52%, cotado a R$ 5,3500. A moeda operou em movimento de leve correção, mas o cenário externo continua repleto de incertezas sobre Europa e Estados Unidos.
Segundo o sócio da Ethimos Investimentos, Lucas Brigato, “o dólar entre R$ 5,10 e R$ 5,35 ainda fica indefinido, formando esta lateralidade”.
“O mercado ainda reflete o Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) mais duro, mas a Europa está mais atrasada na comparação com o resto do mundo, e isso é um risco. Os governos europeus deveriam ter uma mão mais dura, e fazer os ajustes necessários de uma vez só”.
Para o head de análise macroeconômica da GreenBay Investimentos, Flávio Serrano, “a dinâmica do mercado está atrelada ao Reino Unido, com maior volatilidade por lá”.
Serrano também entende que a cautela deve predominar nos mercados locais, com a falta de indicadores e a aproximação das eleições domésticas: “O real está ensaiando uma leve correção”, opina.
De acordo com o boletim da Ajax Capital, “lá fora, as taxas de retorno anual dos Treasury Bonds (títulos do tesouro dos Estados Unidos) recuam após o Banco da Inglaterra (BoE) ter anunciado que poderá intervir no mercado de Gilts para restabelecer a normalidade no seu funcionamento. Assim, os ativos de risco se recuperam das mínimas do dia, mas seguem em queda. Por aqui, ativos locais devem acompanhar humor externo”.
Paulo Holland / Agência CMA
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