O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) projeta que, em 2025, a produção brasileira de cereais, leguminosas e oleaginosas baterá recorde, alcançando 322,6 milhões de toneladas, um aumento de 10,2% em relação a 2024. Os números foram revelados nesta terça-feira (14) no 3º prognóstico do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA).
Segundo a nova estimativa, o acréscimo equivale a 29,9 milhões de toneladas a mais do que na safra do último ano. O recorde atual é da safra de 2023, que totalizou 315,386 milhões de toneladas.
Recuperação liderada pela soja
O principal destaque é a soja, cuja produção deve crescer 15,4%, totalizando 22,3 milhões de toneladas, recuperando-se das perdas de 2024. Outros aumentos relevantes são esperados no milho de 1ª safra (9,3%), milho de 2ª safra (4,1%), arroz (8,1%) e feijão de 1ª safra (30,9%).
Por outro lado, o sorgo deve ter um recuo de 3,2% na produção, enquanto o algodão herbáceo deve permanecer estável.
O gerente de agricultura do IBGE, Carlos Guedes, atribui o crescimento à recuperação das lavouras de soja e às condições climáticas favoráveis em grande parte do país.
“Apesar do atraso no início do plantio, os produtores conseguiram recuperar utilizando alta tecnologia. As chuvas têm beneficiado culturas como soja e milho de 1ª safra”, afirmou.
Área plantada também aumenta
A área destinada ao plantio de soja deve crescer 2,7%, enquanto o feijão de 1ª safra e o arroz terão aumentos de 6,3% e 5,8%, respectivamente. No entanto, algumas culturas, como milho de 1ª safra (-1,6%), sorgo (-1,0%) e trigo (-2,8%), devem registrar quedas na área plantada.
Safra 2024 encerrou em queda
Em 2024, a produção nacional foi estimada em 292,7 milhões de toneladas, uma redução de 7,2% em relação a 2023. O declínio foi provocado por problemas climáticos, como excesso de chuvas no Sul do país e temperaturas elevadas na 2ª safra, que afetaram culturas como soja, milho e trigo.
A soja, principal produto agrícola do Brasil, teve produção de 144,9 milhões de toneladas em 2024, enquanto o milho somou 114,7 milhões de toneladas. O arroz alcançou 10,6 milhões de toneladas, e o trigo, 7,5 milhões.