As previsões de chuva na Argentina e no sul do Brasil impactaram o mercado de commodities agrícolas nesta quinta-feira (16), especialmente a soja, que registrou uma forte queda. O contrato futuro mais líquido da commodity registrou queda de 2,17%, fechando a US$ 10,32 por bushel.
Segundo Guto Gioielli, especialista do Portal das Commodities, as análises meteorológicas indicam que a chuva esperada para regiões agrícolas importantes da Argentina pode aliviar a seca que vinha pressionando a produção. Perspectiva que contribuiu para uma realização de lucros. Veja a análise na íntegra:
Milho mostra resiliência
O milho, por sua vez, mostrou maior resiliência. Apesar da realização de lucros por parte de fundos de investimento, a commodity devolveu apenas parte dos ganhos acumulados nas últimas semanas. Desde novembro, o milho registrou valorização de 11,2%, impulsionado por preocupações climáticas e aumento da demanda.
Guto destaca que o cenário climático mais favorável na Argentina e no Brasil pode limitar novas altas. No entanto, o preço do milho segue em níveis considerados competitivos, atraindo compradores nos próximos dias.
Petróleo e acordos no Oriente Médio
No mercado de energia, o petróleo também apresentou queda, influenciado por uma trégua no conflito entre Israel e grupos do Oriente Médio. Embora o acordo não seja definitivo, a redução das tensões geopolíticas tem diminuído a pressão sobre os preços do barril.
A correção do petróleo impacta diretamente os preços de outras commodities, como o milho e o café, já que custos de transporte e produção são influenciados por variações no preço da energia.