O dólar comercial fechou em alta de 0,36%, cotado a R$ 5,1720. Isso reflete certo alívio do mercado, após a alta de 0,75 ponto percentual nos juros dos Estados Unidos, em linha com as projeções dos analistas.
Para o head de mesa da Valor Investimentos, Piter Carvalho, “o aumento de 0,75 pp já era esperado, e a volatilidade foi grande. Nos emergentes o impacto é ainda maior, além do dólar bater o euro e o DXY (cesta de moedas desenvolvidas) atingir as máximas”.
Carvalho, porém, ressalta que neste cenário o real surpreende: “No contexto internacional de continuidade da guerra na Ucrânia, China em desaceleração e Europa com crise energética prestes a entrar em recessão, o Brasil voltou à rota de opções para os investidores, além dos nossos juros que seguem atraindo os investidores”, analisa.
Em coletiva após o anúncio do aumento dos juros, o presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, disse que “outros aumentos nas taxas de juros serão apropriados”, que o comitê ainda considera as hipóteses de que a inflação suba mais e que o Fed terá de continuar com a política restritiva durante algum tempo.
Paulo Holland / Agência CMA
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