O dólar comercial fechou em queda de 0,21%, cotado a R$ 5,1530. Por mais que o driver da semana continue sendo a decisão sobre os juros nos Estados Unidos, que será divulgada amanhã pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), a aproximação entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-Ministro da Fazenda e ex-presidente do Banco Central (BC), Henrique Meirelles animou os mercados e fortaleceu o real.
Segundo o estrategista-chefe do Banco Mizuho, Luciano Rostagno, “estamos descolados do movimento externo, com a aproximação entre Lula e Meirelles, além do discurso presidente Jair Bolsonaro na Organização das Nações Unidas (ONU). O ambiente político é menos gerador de ruídos, com a percepção de que os riscos estão diminuindo”.
Para o head de análise macroeconômica da GreenBay Investimentos, Flávio Serrano, “o mercado está de olho na decisão de amanhã. O aumento de 0,75 ponto percentual (pp) é o mais provável, mas a taxa terminal pode ser mais forte. É um movimento de apreensão e expectativa muito grandes”.
Serrano acredita que o BC deve manter a Selic (taxa básica de juros), e que caso as decisões dos centrais brasileiro e norte-americano se confirmem o câmbio não sofrer impactos significativos.
De acordo com boletim da Ajax Capital, “lá fora, os juros das Treasuries (títulos do Tesouro dos Estados Unidos) apresentam forte alta, impulsionando dólar e pressionando as bolsas na véspera do resultado da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês). Assim, e em dia de agenda esvaziada, ativos domésticos devem seguir exterior e apresentar fraco desempenho”.
Paulo Holland / Agência CMA
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