Os ministros das Finanças do G7 firmaram um acordo para impor um teto para o preço das compras do petróleo russo. Nada feliz com a notícia, a Rússia já afirmou, através do seu porta-voz do Kremilin, Dmitry Peskov, que não irá vender.
“Quem impor um teto de preço não estará entre os destinatários do petróleo russo”, disse Dmitry Peskov, em teleconferência, nesta sexta-feira (2).
O acordo do grupo, formado por EUA, Canadá, Reino Unido, França, Alemanha e Itália não tem mecanismos claros, mas já tem um objetivo: atacar a economia russa para frustrar seus avanços na Ucrânia.
Em comunicado, o G7 decidirá o limite para os preços de compra do produto desde que o grupo decida com antecedência e por unanimidade.
“A prestação de tais serviços só seria permitida se o petróleo e seus derivados fossem adquiridos a um preço ou abaixo de um preço (“the price cap”) determinado pela ampla coalizão”, diz o comunicado.
A Rússia não ficou nada satisfeita com a notícia. O Kremlin afirmou que esse acordo não condiz com as leis definidas pelo mercado e se negou a negociar com os países que efetivamente imporem a medida.
“Nós simplesmente não vamos cooperar com eles em princípios que não sejam de mercado”, disse Peskov.
Peskov continua afirmando que “uma coisa pode ser dita com confiança: tal movimento levará a uma desestabilização significativa dos mercados de petróleo”.
Atualmente, a Europa é altamente dependente da exportação de petróleo e gás russa. Caso haja uma retaliação, é possível que a segurança energética do continente seja fortemente prejudicada.