O dólar à vista fechou esta segunda-feira (17) em alta de 0,29%, a R$ 5,71, influenciado por ajustes técnicos e realização de lucros, em um dia de liquidez reduzida devido ao feriado nos Estados Unidos.
Os investidores seguiram atentos às especulações sobre a corrida presidencial de 2026. Pesquisas recentes, como a do Datafolha divulgada na sexta-feira (14), apontaram uma queda na popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Esse fator gerou um movimento conhecido como “trade eleitoral”, que influenciou o comportamento dos mercados.
O real, que vinha registrando ganhos nas últimas semanas, perdeu força no pregão de hoje. Apesar disso, no acumulado de 2025, a moeda brasileira ainda apresenta valorização de 7,57%, sendo a segunda melhor performance global, atrás apenas do rublo russo.
Oscilação no dia
No início do dia, o dólar chegou a subir com mais intensidade, atingindo a máxima de R$ 5,7222. No entanto, com a valorização do Ibovespa e a queda nos juros futuros, a moeda americana perdeu parte do fôlego e atingiu a mínima de R$ 5,6959 antes de se estabilizar.
Perspectivas para o dólar
Analistas do JP Morgan apontam que a queda na popularidade do governo pode aumentar o apetite por ativos brasileiros, especialmente entre investidores estrangeiros que buscam oportunidades no mercado de renda fixa.
Já o Itaú destaca que a recente valorização do real, com o dólar caindo do pico de R$ 6,30 em dezembro para o patamar atual, reflete uma melhora no ambiente externo e o aumento do diferencial de juros entre Brasil e EUA.
No entanto, o banco mantém projeção de dólar a R$ 5,90 ao final de 2025, alertando que o risco fiscal elevado pode continuar pressionando o câmbio.