Nesta terça-feira (18), o mercado de commodities agrícolas viu os contratos futuros de café atingiram os níveis mais altos em 14 anos, com a variedade robusta alcançando patamares históricos.
Segundo Guto Gioielli, fundador do Portal das Commodities, o preço elevado reflete a baixa oferta global e a manutenção da demanda, característica de produtos inelásticos, ou seja, cujo consumo não diminui mesmo com o aumento do valor. Veja a análise:
Milho segue em tendência de alta
O milho também apresentou valorização, impulsionado por um desequilíbrio entre oferta e demanda global. A produção projetada para este ano deve ficar abaixo do consumo, mantendo a tendência altista.
No Brasil, a primeira safra de milho está 21,1% colhida, enquanto a safrinha está com 35,7% da área semeada. Estados como Mato Grosso e Tocantins apresentam avanço expressivo no plantio.
Petróleo reage a tensões internacionais
O petróleo voltou a subir após oscilações recentes. O contrato mais líquido da commodity, após atingir US$ 79,98 por barril, ensaia novas altas diante das tensões entre Estados Unidos e Rússia.
O governo americano discute bloqueios navais para conter a venda clandestina de petróleo russo, o que pode reduzir a oferta global e pressionar os preços. Com o avanço do barril, setores de biocombustíveis, como etanol, também podem ser beneficiados.
Soja e outras commodities
O mercado de soja segue monitorando as condições climáticas na Argentina e o ritmo de colheita no Brasil, que atingiu 25,5% da área. Enquanto isso, o farelo de soja registrou leve queda, enquanto o óleo de soja teve forte valorização de 2,71%, influenciando os preços da oleaginosa.