A Iguatemi (IGTI11), administradora de 16 shoppings, registrou lucro líquido ajustado de R$ 164,1 milhões no quarto trimestre de 2024, um aumento de 21,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. A margem líquida ajustada subiu 3 pontos percentuais, alcançando 43,7%.
O crescimento do lucro foi impulsionado pelo aumento na receita dos shoppings e do braço de varejo da companhia, que inclui as operações Iguatemi 365 e I-Retail, informou o balanço trimestral divulgado nesta terça-feira (18).
No acumulado de 2024, o lucro líquido ajustado foi de R$ 399,4 milhões, avanço de 31,1% em comparação com 2023.
Ebitda ultrapassa R$ 1 bilhão pela primeira vez
O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 315,3 milhões no trimestre, alta de 19,4%. A margem Ebitda ajustada atingiu 84%, crescimento de 4,2 pontos percentuais.
No acumulado do ano, a Iguatemi superou pela primeira vez a marca de R$ 1 bilhão em Ebitda ajustado, atingindo R$ 1,024 bilhão, alta de 11,4%.
O FFO ajustado (fluxo de caixa operacional) cresceu 23,3% no trimestre, para R$ 219,3 milhões, com margem de 58,4%. No ano, o FFO ajustado totalizou R$ 693,3 milhões, crescimento de 23,2%.
Receita e ocupação dos shoppings da Iguatemi
A receita líquida da Iguatemi no quarto trimestre foi de R$ 375,2 milhões, avanço de 13,5%. No ano, somou R$ 1,321 bilhão, crescimento de 7,7%.
A receita com locação subiu 8,3%, para R$ 275 milhões, impulsionada pelo aumento da ocupação dos shoppings, reajustes contratuais e recuperação de valores atrasados. Já a receita com estacionamento avançou 12,9%, para R$ 65,5 milhões, enquanto o varejo cresceu 32,6%, atingindo R$ 62,3 milhões.
A taxa de ocupação dos shoppings atingiu 97,7% no trimestre, superando a projeção da empresa. O custo de ocupação dos lojistas recuou 0,4 ponto percentual, para 10,5%, enquanto a inadimplência líquida ficou negativa em 3%, refletindo a recuperação de valores devidos.
Citi mantém recomendação de compra
O Citi avaliou os resultados da Iguatemi como positivos, destacando a alta taxa de ocupação e o custo de ocupação competitivo. O banco reiterou recomendação de compra para as ações da companhia, com preço-alvo de R$ 30, o que representa um potencial de valorização de 51,98% em relação ao último fechamento.
Além disso, o Citi minimizou preocupações com a aquisição de participações no Shopping Pátio Higienópolis, afirmando que considera improvável que a Iguatemi pague mais de R$ 500 milhões pelo ativo.