A expectativa de uma queda nos dividendos extraordinários da Petrobras fez o Goldman Sachs reduzir o preço-alvo das ações da estatal para R$ 45,40 (PETR3) e R$ 41,30 (PETR4), abaixo das projeções anteriores de R$ 48,30 e R$ 43,90, respectivamente.
Com base na análise do banco, a petrolífera deve entregar um rendimento de dividendos de 13% em 2024, com 11% vindo dos dividendos ordinários, ou seja, dos que já estão previstos — que deve resultar em cerca de US$ 2,4 bilhões.
A Petrobras terminou 2024 com uma posição de caixa entre US$ 12 bilhões e US$ 13 bilhões, bem acima do mínimo de US$ 6 bilhões estabelecido no plano de negócios da empresa.
E, de acordo com os analistas, esse excedente poderia permitir uma eventual distribuição de dividendos extraordinários no curto prazo, possivelmente junto com a divulgação dos lucros do quarto trimestre, seguindo o padrão dos últimos anos.
Apesar da revisão para baixo, o Goldman Sachs manteve a recomendação de compra para a estatal. As novas projeções indicam um potencial de valorização de 7,88% para PETR3 e 7,66% para PETR4 em relação ao fechamento desta terça-feira (18).
Produção da Petrobras deve crescer em 2025
Para 2025, o Goldman Sachs projeta um crescimento de 8% na produção da Petrobras, atingindo 2,3 milhões de barris por dia. O aumento deve ser impulsionado pela entrada em operação e pelo avanço da produção de novas unidades.
Entretanto, o banco alerta para possíveis riscos nessa projeção, como paradas para manutenção e um ramp-up (fase inicial de produção) mais lento do que o esperado de algumas plataformas, incluindo a FPSO Almirante Tamandaré, que começou a operar em 15 de fevereiro, além da P-78 e FPSO Alexandre de Gusmão, previstas para iniciar atividades em outubro deste ano.