O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou esta quarta-feira (19) com queda de 0,95%, aos 127.308,80 pontos. O volume financeiro do dia foi de R$ 19,9 bilhões, inferior aos quase R$ 23 bilhões registrados ontem.
Segundo analistas, a queda de hoje foi impactada por um movimento natural de correção após três sessões acima dos 128 mil pontos. Além disso, os grandes bancos pesaram sobre o índice.
No acumulado da semana, o Ibovespa recua 0,71%, mas ainda sobe 0,93% no mês e acumula alta de 5,84% no ano.
Destaques do Ibovespa
As ações da Petrobras (PETR3 e PETR4) fecharam em alta de 0,40% e 0,21%, respectivamente, após oscilarem ao longo do dia. Já a Vale (VALE3) recuou 0,09%. No setor financeiro, Itaú (ITUB4) caiu 0,93%, enquanto Banco do Brasil (BBAS3) teve perda mais acentuada, de 2%.
Entre as maiores altas do dia, ficaram CPFL (+1,72%), Caixa Seguridade (+1,06%) e SLC Agrícola (+0,98%). Do outro lado, CVC (-9,31%), LWSA (-8,18%) e Pão de Açúcar (-7,17%) tiveram os piores desempenhos da sessão.
Empresas mais sensíveis à taxa de juros sofreram impacto do avanço da curva de DI (juros futuros), refletindo a percepção de um cenário mais cauteloso para o crédito e consumo.
Influência da ata do Fed
A ata da última reunião do Federal Reserve (Fed) nos EUA trouxe poucas novidades, reforçando que os juros americanos devem permanecer elevados por mais tempo, mantendo a incerteza sobre a trajetória de liquidez para mercados emergentes, como o Brasil.
O fluxo para a Bolsa brasileira segue contido, apesar da perspectiva de fim do ciclo de alta da Selic. Segundo analistas, investidores mais propensos ao risco começam a buscar exposição à renda variável, mas o movimento ainda é gradual.