O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – 15 (IPCA-15) registrou alta de 1,23% em fevereiro, após subir 0,11% em janeiro, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (25).
O resultado ficou abaixo da mediana das projeções do mercado, que esperava alta de 1,37%. As estimativas variavam entre 0,56% e 1,53%. Com esse avanço, o IPCA-15 acumula alta de 1,34% no ano e 4,96% nos últimos 12 meses.
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Educação e habitação puxam alta do IPCA-15
Dos nove grupos analisados pelo IBGE, sete registraram alta em fevereiro. O maior impacto veio de Educação, que subiu 4,78%, refletindo os reajustes aplicados no início do ano letivo. O setor respondeu por 0,29 ponto percentual (p.p.) do IPCA-15.
O grupo Habitação também teve forte influência, com alta de 4,74%, impactando em 0,63 p.p. no índice geral. A energia elétrica residencial, que subiu 16,33%, foi o principal fator de pressão, influenciada pelo fim do bônus da usina de Itaipu, que reduziu as tarifas no mês anterior.
Alimentação desacelera, mas segue em alta
Os preços de Alimentação e Bebidas subiram 0,61% em fevereiro, desacelerando após a alta de 1,06% registrada em janeiro. O grupo contribuiu com 0,14 p.p. para o IPCA-15.
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A alimentação no domicílio avançou 0,63%, impulsionada pelo aumento de itens como cenoura (+17,62%) e café moído (+11,63%). Por outro lado, produtos como batata-inglesa (-8,17%), arroz (-1,49%) e frutas (-1,18%) tiveram queda nos preços.
Já a alimentação fora de casa subiu 0,56%, com reajustes menores nos preços de refeições (+0,43%) e lanches (+0,77%).
Transportes desaceleram, mas combustíveis sobem
O grupo Transportes teve alta de 0,44%, abaixo da variação de 1,01% observada em janeiro. O aumento foi impulsionado pela alta dos combustíveis (+1,88%), que refletiu o reajuste do ICMS sobre o setor.
A gasolina subiu 1,71%, o diesel 2,42% e o etanol 3,22%, revertendo a queda do mês anterior. O preço das passagens de ônibus urbano também subiu 5,20%, devido a reajustes em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Recife.
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Expectativas para a taxa Selic após IPCA-15
O avanço do IPCA-15 pode reforçar a política do Banco Central em manter a taxa Selic em níveis elevados, segundo a Capital Economics.
A consultoria avalia que o Comitê de Política Monetária (Copom) deve manter sua postura de controle da inflação e prevê uma taxa de 14,25% na próxima reunião, em março.
A análise destaca que o aumento do índice geral foi influenciado pelo reajuste da energia elétrica e dos transportes, mas ressalta sinais de desaceleração em setores como alimentação, saúde e educação.
A consultoria projeta que, se o real permanecer estável, e não houver pressões fiscais adicionais, o Copom pode evitar novos aumentos na Selic ao longo do ano. No entanto, o risco de alta na taxa básica de juros ainda existe, dependendo da evolução da inflação nos próximos meses.