O dólar fechou esta terça-feira (25) praticamente estável, com leve queda de 0,03%, a R$ 5,75. A moeda americana chegou a superar R$ 5,80 pela manhã, refletindo preocupações com o quadro fiscal brasileiro, mas perdeu força ao longo do dia, acompanhando o desempenho do dólar no exterior.
No início do pregão, a moeda americana subiu impulsionada por temores fiscais. O mercado reagiu à dificuldade do governo em acomodar novos programas sociais no orçamento, como o Pé-de-Meia e a ampliação do Farmácia Popular.
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Além disso, investidores monitoram a possível liberação de R$ 12 bilhões do FGTS para trabalhadores demitidos que aderiram ao saque-aniversário.
A medida é vista com cautela, pois pode injetar liquidez na economia em um momento em que o Banco Central mantém uma política monetária restritiva para conter a inflação.
Influência do cenário externo
Durante a tarde, a trajetória do dólar mudou com a divulgação do índice de confiança do consumidor nos Estados Unidos. O indicador caiu para 98,3 pontos em fevereiro, abaixo da projeção de 103, o que enfraqueceu a moeda americana globalmente.
O índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de moedas fortes, operou em queda.
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Além disso, declarações contraditórias do governo dos EUA sobre tarifas de importação para México e Canadá aumentaram a incerteza no mercado.
Pela manhã, Donald Trump afirmou que as tarifas entrariam em vigor na próxima semana, mas, à tarde, um conselheiro da Casa Branca indicou que as negociações ainda estão em andamento.
Fatores políticos no Brasil
Parte da valorização do real durante a tarde também pode estar ligada à piora da avaliação do governo Lula, conforme pesquisa CNT. O levantamento mostrou que a soma das avaliações “péssimo” e “ruim” subiu para 44%, um aumento de 13 pontos percentuais desde novembro.
Para analistas, a popularidade do governo pode influenciar a condução da política fiscal. Um cenário de desgaste pode levar a novas medidas de estímulo econômico, aumentando a preocupação com a trajetória das contas públicas e impactando o câmbio.
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No mercado, há expectativa de que a aproximação das eleições presidenciais traga maior volatilidade para os ativos brasileiros. O sócio-fundador da JGP, André Jakurski, destacou em evento do BTG Pactual que, embora as eleições ainda estejam distantes, o “rali eleitoral” deve ocorrer, impulsionado pela demanda de investidores estrangeiros por ativos no Brasil.