O dólar fechou esta quinta-feira (6) em alta de 0,06%, a R$ 5,76, contrariando o movimento predominante de queda da moeda americana no exterior.
Analistas apontam que a falta de fôlego do real decorreu de ajustes técnicos e da recomposição de posições defensivas no mercado futuro. O movimento ocorre após a forte queda de 2,71% da moeda americana registrada na sessão anterior.
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Durante a tarde, o dólar chegou a ultrapassar os R$ 5,78, refletindo declarações do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. Ele afirmou que o presidente Lula deve anunciar medidas para conter a alta dos alimentos. A possibilidade de ações governamentais elevou preocupações no mercado sobre impactos na inflação e na economia.
Incerteza econômica influencia o câmbio
A expectativa de medidas econômicas menos convencionais por parte do governo brasileiro, com possíveis estímulos ao consumo, gerou cautela entre investidores. Esse cenário pode elevar prêmios de risco e limitar a valorização do real, mesmo em um ambiente global de fraqueza do dólar.
No mercado externo, o índice DXY, que mede o desempenho do dólar frente a uma cesta de seis moedas fortes, operou em baixa, atingindo mínimas abaixo de 104,000 pontos.
O euro registrou valorização na semana, impulsionado pelo corte de juros do Banco Central Europeu (BCE) em 25 pontos-base, movimento já esperado pelo mercado.
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Política dos EUA afeta dólar globalmente
A indefinição sobre a extensão de políticas protecionistas dos Estados Unidos, somada a mudanças nas tarifas comerciais, também impactou o câmbio.
O presidente Donald Trump adiou até abril a imposição de tarifas de 25% sobre alguns produtos do Canadá e do México, favorecendo o peso mexicano, que subiu mais de 0,60% frente ao dólar.
