O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou uma ordem executiva para estabelecer uma reserva estratégica de Bitcoin, composta por criptomoedas já pertencentes ao governo. A decisão, anunciada na quinta-feira (6), frustrou investidores que esperavam um plano concreto para novas compras da criptomoeda.
Logo após o anúncio, o Bitcoin caiu 5%, atingindo US$ 85.000, mas recuperou parte das perdas no início do pregão europeu, sendo negociado a US$ 89.200. Às 9h45, o patamar negativo seguia rondando a principal cripto do mercado, que recuava 1,21%, aos US$ 88.882.
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Bitcoin já apreendido será usado na reserva
Segundo o “czar cripto” da Casa Branca, David Sacks, a reserva será composta por Bitcoins apreendidos pelo governo em processos criminais ou civis. Atualmente, os EUA possuem cerca de 200 mil Bitcoins (equivalente a US$ 18 bilhões).
A ordem permite que os secretários de Comércio e Tesouro desenvolvam estratégias para adquirir mais Bitcoin no futuro, desde que isso não gere custos adicionais aos contribuintes.
“O significado desta ordem é principalmente simbólico, pois marca a primeira vez que o Bitcoin é formalmente reconhecido como um ativo de reserva do governo dos EUA”, afirmou Andrew O’Neill, diretor de ativos digitais da S&P Global Ratings.
O país conta ainda com aproximadamente US$ 400 milhões em outras sete criptomoedas, principalmente provenientes de confisco de bens em casos civis e criminais.
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Reação do mercado
A ausência de um plano para novas compras decepcionou analistas e investidores. O Deutsche Bank destacou que o anúncio não representa uma entrada ativa do governo no mercado.
“Nenhuma compra ativa significa que este é apenas um título sofisticado para participações que já existiam com o governo”, criticou Charles Edwards, fundador da Capriole Investments.
Além do Bitcoin, Trump também criou um “Estoque de Ativos Digitais dos EUA”, que incluirá outras criptomoedas confiscadas pelo governo, mas sem novas aquisições programadas.
Nesta sexta-feira, Trump se reunirá com líderes da indústria cripto na Casa Branca, buscando novos desdobramentos para o setor.
*Com informações da agência de notícias Reuters.
