Nesta última quinta-feira (6), o BTG Pactual fez duas alterações na sua Carteira Recomendada 10SIM (10 melhores ações do mês) para março. As ações incluídas foram: Equatorial e Itaú, substituindo Embraer e BB Seguridade, respectivamente.
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Dessa forma, a seleção deste mês tem as seguintes empresas:
- Petrobras (PETR4) com 15%;
- Itaú (ITUB4) com 10%;
- Weg (WEGE3) com 10%;
- Eletrobras (ELET3) com 10%;
- Suzano (SUZB3) com 10%;
- Sabesp (SBSP3) com 10%;
- B3 (B3SA3) com 10%;
- Tim (TIMS3) com 10%;
- Equatorial (EQTL3) com 10%; e
- Cury (CURY3) com 5%;
Aumento da exposição a serviços básicos
O principal ajuste foi a adição da Equatorial (EQTL3), que aumentou a participação do setor de serviços básicos na carteira para 30%, ao lado de Sabesp e Eletrobras.
De acordo com o BTG, a decisão foi feita em cima de um elevado prêmio de risco nos títulos públicos brasileiros de longo prazo, negociados a uma taxa de inflação +7,8% ao ano.
Empresas de serviços básicos costumam ser menos afetadas por uma economia em desaceleração e oferecem proteção contra a inflação. A Equatorial, por exemplo, é negociada com uma taxa interna de retorno (TIR) real de 12%.
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Para acomodar a Equatorial na Carteira Recomendada, o banco removeu a Embraer (EMBR3) após uma forte valorização em fevereiro (+27%) e no acumulado do ano (+35%). Com isso, a exposição a exportadores caiu de 30% para 20%, mantendo Weg e Suzano.
Troca no setor financeiro
Já no setor financeiro, o Itaú (ITUB4) retornou a Carteira Recomendada, substituindo a BB Seguridade (BBSE3), que também apresentou forte desempenho em fevereiro (+7%) e no acumulado do ano (+14%).
O Itaú, segundo o BTG, está com múltiplos considerados atraentes, sendo negociado a 7 vezes o lucro projetado para 2025 e 1,6 vezes seu valor patrimonial.
Cenário internacional favorável ajuda Bolsa
Em fevereiro, o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, fechou com queda de 2,6% em reais e 3,5% em dólares, apesar do avanço acumulado no ano de 2,3% e 9,1%, respectivamente.
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O bom desempenho no primeiro bimestre foi impulsionado por um cenário externo mais favorável, com a taxa de juros dos títulos de 10 anos dos Estados Unidos caindo 29 pontos-base no período.
Para o BTG, um possível acordo comercial entre Estados Unidos e China ou um avanço nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia poderiam reduzir a inflação global e derrubar ainda mais os juros de longo prazo nos EUA — movimento que poderia beneficiar ainda mais as ações brasileiras.
Inflação e alta dos juros
O mercado financeiro tem convergido para a expectativa de que o ciclo de alta da Selic pode se encerrar em maio de 2025. Segundo a análise do BTG, a taxa terminal deve ficar entre 14,75% e 15,25%.
Essa projeção considera um aumento de 100 pontos-base (bps) na reunião do Banco Central (BC) em março, movimento já sinalizado pela autoridade monetária. Em maio, um novo ajuste de 50 ou 75 bps pode ocorrer, e há analistas que ainda veem possibilidade de um último aumento de 50 bps em junho.
Com a Selic nesse patamar, as taxas reais — ou seja, os juros descontados da inflação — ficariam entre 9% e 9,5%, níveis considerados elevados. Isso ajudaria a trazer a inflação para a meta, mas não no chamado “horizonte relevante”, período utilizado pelo BC para guiar suas decisões. Para atingir esse objetivo dentro desse horizonte, seriam necessárias taxas acima de 16%.
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Quando os juros pararem de subir, o mercado naturalmente começará a avaliar quando podem começar a cair. Mas apesar dos analistas do BTG seguirem céticos sobre a possibilidade de cortes na Selic ainda em 2025, explicam que apenas a possibilidade disso acontecer pode impactar os preços das ações.
E um gatilho para essa mudança, segundo eles, seria uma desaceleração mais intensa da atividade econômica, ajudando a reduzir as pressões inflacionárias.
Outros fatores, como uma safra forte e a valorização do real — que acumula alta de 7% neste ano —, também poderiam contribuir para aliviar os preços dos alimentos.
Projeções do BTG
O BTG Pactual projeta um crescimento menor do PIB em 2025, de 1,5%, abaixo dos 3,5% registrados em 2024. A taxa de desemprego pode subir para 7,1%, contra os 6,5% atuais, mas o mercado de trabalho deve seguir aquecido.
Além disso, a inflação projetada para 2025 é de 5,7%, um nível que, na avaliação do BTG, não abriria espaço para o Banco Central flexibilizar a política monetária no curto prazo.
Desaceleração da economia
Na Carteira Recomendada, o banco também destacou que a valorização do real e sinais de desaceleração da economia brasileira ajudaram a moderar as expectativas de alta da Selic, com os contratos futuros de juros para janeiro de 2026 recuando 64 pontos-base, para 14,8%.
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Uma possível desaceleração excessiva da atividade econômica também pode levar o governo a adotar medidas para estimular o crescimento, especialmente em um ano que antecede eleições presidenciais. E essas medidas podem elevar o risco para o real e dificultar o controle da inflação.
O governo já mencionou uma série de programas e iniciativas. O principal deles é um projeto de lei que propõe isenção do Imposto de Renda para quem ganha menos de R$ 5 mil mensais.
Para isso de fato acontecer, o governo estima um custo de R$ 40 bilhões que seria compensado pelo aumento da tributação sobre contribuintes mais ricos, proposta que enfrenta resistência no Congresso.
Outra iniciativa é a regulamentação dos empréstimos consignados para trabalhadores do setor privado. Se aprovada, a medida pode reduzir substancialmente as taxas de juros, facilitando o acesso ao crédito e estimulando o consumo.
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Além dessas medidas, o governo avalia outros programas que podem injetar recursos diretamente na economia, como:
- Gás de cozinha gratuito para 22 milhões de famílias, com um custo estimado de R$ 12 bilhões;
- Liberação de valores bloqueados no FGTS, com potencial de injetar até R$ 12 bilhões;
- Expansão do programa Pé de Meia, que oferece subsídios para estudantes do ensino médio. O custo pode chegar a R$ 13 bilhões em 2025, R$ 7 bilhões a mais que no ano anterior;
- Ampliação do Programa Farmácia Popular, com um custo adicional de R$ 600 milhões.
No total, essas iniciativas podem somar entre R$ 20 bilhões e R$ 28 bilhões em estímulos à economia em 2025. Recursos como os do FGTS e do Pé de Meia, por serem transferidos diretamente às famílias, tendem a ser usados imediatamente para consumo, podendo acelerar a economia.
Eleições de 2026
Até o momento, não há definição clara sobre quem concorrerá ao Palácio do Planalto. Mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva é apontado como o nome mais provável para representar a base governista, apesar de incertezas sobre sua candidatura.
O que preocupa a candidatura do atual presidente é a idade (completará 81 anos em 2026) e a queda constante dos índices de aprovação.
Segundo a consultoria política Jota, a taxa de desaprovação do governo Lula ultrapassou a de aprovação em quatro pontos percentuais, revertendo um cenário inicial favorável.
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Dados do Datafolha de fevereiro apontam que a aprovação de Lula atingiu 24% após nove trimestres, um nível inferior ao registrado por outros presidentes em momentos semelhantes de mandato. Para comparação, Bolsonaro tinha 37% e Dilma Rousseff, 30%, no mesmo período.
Caso Lula não concorra, o nome mais cotado para substituí-lo é o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Ex-prefeito de São Paulo e candidato derrotado em 2018.
No campo da oposição, o ex-presidente Jair Bolsonaro é apontado como o candidato natural. No entanto, Bolsonaro está com seus direitos políticos suspensos e aguarda um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) que pode impedi-lo de disputar o pleito.
Caso ele fique inelegível, há duas possibilidades segundo o BTG: o apoio a um membro de sua família (como sua esposa, Michele Bolsonaro, ou seus filhos Flávio e Eduardo Bolsonaro) ou a um dos governadores da oposição.
Entre os nomes cogitados, destacam-se Tarcísio de Freitas (São Paulo), Ratinho Junior (Paraná), Ronaldo Caiado (Goiás) e Romeu Zema (Minas Gerais). Esses governadores já indicaram que devem apoiar aquele que estiver melhor posicionado nas pesquisas para evitar a fragmentação da oposição.
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Desempenho da Carteira Recomendada do BTG Pactual
Em fevereiro, a Carteira Recomendada 10SIM teve alta de 0,3%, ficando acima do Ibovespa (-2,4%), principal índice da Bolsa brasileira, e do índice IBrX-50 (-2,8%). Veja abaixo:

Em 2025, o portfólio acumula alta de 5,5%, se mantendo acima do Ibovespa (2,3%) e do IBX-50 (1,9%). A taxa do CDI subiu 2,1% no período.
Desde a gestão iniciada por Carlos E. Sequeira em 2009, o portfólio registra um ganho acumulado de 399%, superando a valorização do Ibovespa (100%) e do IBrX-50 (139,9%).