O aumento dos debates sobre as criptomoedas, impulsionados pela presidência de Donald Trump nos EUA, levou o Méliuz (CASH3) a investir US$ 4,1 milhões, 10% do caixa da empresa, em Bitcoin para buscar retornos a longo prazo.
Segundo a companhia, a volatilidade dos mercados de capitais e a alta da taxa básica de juros, a Selic, reduziram a atratividade dos investimentos tradicionais. Além disso, o Bitcoin valorizou em média 77% ao ano em dólares nos últimos dez anos, enquanto o real desvalorizou 87% desde a sua criação.
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E a alta das ações CASH3, que subiram 16,36% ontem (6) após o anúncio, parece indicar uma reação positiva do mercado. Isso porque, segundo o fato relevante, a companhia indicou que não está dando um “tiro no escuro”.
O investimento veio acompanhado da criação de um Comitê Estratégico de Bitcoin, responsável por analisar a viabilidade de ampliar a estratégia, além de definir diretrizes, governança e operacionalização das compras.
Israel Salmen, fundador e ex-CEO do Méliuz, disse, em entrevista ao Valor Econômico, que a fintech acredita que o Bitcoin é “uma versão melhorada do ouro” e servirá para “preservar valor no longo prazo”.
“Tem bastante tempo que estudamos uma forma de melhorar o rendimento do nosso caixa. Como companhia no regime de lucro real, pagamos elevados impostos sobre o rendimento do CDI”, explica o presidente do Conselho de Administração.
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O presidente também deixou claro que a empresa não tem “alvo e nem prazo para segurar” a criptomoeda e que está focada apenas em investir no longo prazo.
Agora, o Conselho de Administração aguarda um estudo detalhado, que já foi solicitado, para avaliar a possibilidade de tornar o Bitcoin o principal ativo estratégico da tesouraria do Méliuz.
A análise também considerará formas de geração adicional de Bitcoin para acionistas e eventuais ajustes nos documentos e políticas internas. A expectativa é que em 45 a 60 dias, a companhia divulgue atualizações sobre o tema.