O BTG Pactual atualizou sua carteira recomendada de Brazilian Depositary Receipts (BDRs) para março de 2025. Entre os principais pontos de atenção para o período está o aumento da exposição do banco às companhias da indústria e de tecnologia.
A carteira divulgada nesta quinta-feira (6) trouxe a inclusão da GE Vernova, empresa do setor de energia. Entre as suas recomendações para março, o banco não adicionou novas empresas de tecnologia, mas ampliou o peso da Apple (10%) e da Amazon (9%) na carteira.
A estratégia da equipe de análise do banco busca superar o BDRX, índice de referência da B3 para esses ativos. Em fevereiro, a carteira de ações internacionais teve uma queda de 4%, enquanto o índice da Bolsa caiu 5,7%.
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Ajustes na carteira do BTG
A decisão de substituir a Alibaba pela empresa de comércio eletrônico chinesa PDD foi baseada em uma avaliação de múltiplos mais atrativos.
Segundo os analistas do BTG, a PDD negocia a um preço/lucro de 10 vezes, enquanto a Alibaba está em 15 vezes. A mudança mantém a exposição do portfólio ao e-commerce chinês.
O BTG justificou que a entrada da GE Vernova para a carteira em março está calçada no número de pedidos que a empresa registrou no último ano — dobrando o total de 2023. Agora, a empresa deve se beneficiar da crescente demanda energética impulsionada pela inteligência artificial.
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A mineradora Freeport entrou no lugar da Caterpillar, sob a perspectiva de ser favorecida por possíveis incentivos tarifários para o cobre nos Estados Unidos. A empresa é responsável por cerca de 9% da oferta global do metal, usado em eletrônicos e infraestrutura.
Impacto do cenário macroeconômico no portfólio
O relatório do BTG também destacou que a economia dos Estados Unidos segue resiliente, com projeção de crescimento do PIB de 2,5% em 2025. No entanto, a incerteza sobre a política tarifária da administração de Donald Trump pode afetar investimentos privados.
O mercado de trabalho norte-americano segue aquecido, com taxa de desemprego em 4%. A inflação, por outro lado, superou expectativas em janeiro, o que pode levar o Federal Reserve a manter uma postura mais cautelosa e adiar cortes de juros para o final do ano.
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Outras mudanças táticas
Além do aumento de exposição à Apple e Amazon, o BTG reduziu o peso da Exxon (-2%) e retirou Eli Lilly e CrowdStrike.
No geral, a carteira segue focada em setores de tecnologia, consumo discricionário e energia, com ajustes para capturar oportunidades ligadas à inteligência artificial e ao impacto das políticas tarifárias nos Estados Unidos, visando manter um portfólio competitivo com o mercado global.
