Depois de rebaixar a recomendação para a Bolsa brasileira há quatro meses, o J.P. Morgan mudou sua avaliação, elevando a classificação do Brasil para “outperform” (equivalente à compra).
Para o banco de investimento, “o mundo mudou” e vários fatores estão impulsionando um movimento otimista nos mercados emergentes, em especial no Brasil, apesar dos desafios fiscais persistirem. As informações são de reportagens dos portais InfoMoney, Exame e Seu Dinheiro.
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A decisão “tática” do JP Morgan foi baseada nos seguintes fatores:
- Desaceleração dos Estados Unidos;
- A retomada da China;
- A possível conclusão do ciclo de alta da Selic.
Apesar da reavaliação positiva, a análise ainda chama atenção para a política fiscal brasileira, que continua sendo um ponto de preocupação. Outro ponto citado é a possível não recuperação da China, o que causaria um forte impacto negativo para o Brasil.
A aproximação das eleições de 2026 também entra no radar dos analistas, podendo afetar a confiança dos investidores no país. Para os analistas, uma mudança partidária pode ser um elemento de atratividade para o mercado brasileiro.
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Como resposta as incertezas, o JP Morgan recomenda uma alocação defensiva, priorizando setores como energia elétrica, saneamento e grandes bancos. Além disso, o banco também destacou os “bond proxies”, ações que oferecem retornos consistentes e estáveis, semelhantes aos títulos de dívida.
Desaceleração dos Estados Unidos
No relatório, o JP Morgan reduziu sua projeção de crescimento do PIB dos EUA de 2% para 1% em 2025, especialmente devido às incertezas sobre tarifas comerciais para México e Canadá.
O cenário favorece os mercados emergentes, pois abre espaço para um dólar mais fraco e possíveis cortes na taxa de juros pelo Federal Reserve. O Brasil, segundo o banco, é um dos mercados mais sensíveis a esse contexto.
Retomada da China
O banco elevou sua projeção para o PIB chinês de 3,9% para 4,3%. Além disso, os mercados emergentes estão experimentando um aumento consistente de fluxos de capital.
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O desempenho positivo das bolsas chinesas em 2024 — que acumulam alta de 20% — tem ampliado a confiança dos investidores. Com isso, o Brasil tende a se beneficiar, visto que a economia chinesa é um dos principais motores para commodities, setor relevante para o mercado brasileiro.
Possível fim do ciclo de alta de juros no Brasil
O banco avalia que o Brasil pode estar mais próximo do que o esperado do fim do ciclo de aumento da Selic. A projeção é de uma taxa terminal de 15,25% em junho, com possibilidade de pausa antecipada. A desaceleração da economia brasileira, combinada com a apreciação do real, favorece esse movimento.
Com os investidores locais historicamente pouco alocados na Bolsa e um alto volume de apostas contra o mercado (posições vendidas), a reversão desse ciclo pode impulsionar ainda mais as ações brasileiras.