A Taesa (TAEE11) registrou um lucro líquido regulatório de R$ 200,6 milhões no quarto trimestre de 2024, queda de 32,5% em relação ao mesmo período de 2023. No acumulado do ano, o lucro regulatório foi de R$ 991 milhões, recuo de 7,5%.
O resultado, divulgado nesta quarta-feira (19), gerou avaliações mistas no mercado, com destaque para o impacto nos dividendos e na alavancagem da empresa.
Já o lucro líquido IFRS, que segue normas contábeis internacionais, foi de R$ 506,8 milhões no trimestre, alta de 5,5% na comparação anual. No consolidado de 2024, a empresa reportou R$ 1,693 bilhão, um crescimento de 23,8%.
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Em 2024, a Taesa distribuiu R$ 900 milhões em dividendos em 2024, equivalente a 91% do lucro regulatório
Desempenho operacional
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 421 milhões no 4T24, queda de 11,5% em relação ao 4T23. No acumulado do ano, o indicador somou R$ 1,871 bilhão, recuo de 6,9%. A margem Ebitda caiu para 72,6% no trimestre (-9 pontos percentuais) e 80,3% no ano (-3,5 pontos percentuais).
A receita líquida atingiu R$ 551 milhões no 4T24, leve queda de 0,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. No ano, o valor somou R$ 2,329 bilhões, retração de 2,8%. O desempenho foi afetado pelo reajuste negativo do IGP-M no ciclo RAP 2024-2025 e pelo aumento da Parcela Variável.
Endividamento cai, mas ainda é grande
A dívida bruta da Taesa totalizou R$ 9,814 bilhões no quarto trimestre, queda de 4% em relação ao trimestre anterior. O caixa caiu 30,9%, para R$ 756,7 milhões, resultando em uma dívida líquida de R$ 9,057 bilhões, 0,7% menor que no ano anterior.
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A alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) ficou em 4,0 vezes, considerada alta por alguns analistas.
Mercado diverge sobre balanço da Taesa
Para o Citi, os números vieram dentro das expectativas. A receita líquida de R$ 591 milhões ficou próxima da previsão de R$ 592 milhões do banco. O Ebitda ajustado foi de R$ 480 milhões, alinhado à estimativa de R$ 484 milhões.
No entanto, o Citi avalia que a taxa interna de retorno (TIR) real da Taesa, de 7,8%, é menos atrativa do que a de concorrentes como a Alupar, que opera com uma TIR real de 9,6%. O banco manteve recomendação neutra para as ações, com preço-alvo de R$ 32, abaixo da cotação do último pregão, de R$ 34,36.
O Safra destacou que a Taesa apresentou um desempenho abaixo do esperado, com receitas menores e despesas acima do previsto. O Ebitda regulatório de R$ 422 milhões ficou 14% abaixo das projeções do banco. A instituição também chamou atenção para a provisão de R$ 44 milhões referente ao fim dos Contratos de Uso do Sistema de Transmissão (CUST), que pressionou o resultado.
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Por outro lado, o banco reconheceu que os dividendos distribuídos foram acima das expectativas e podem ser um fator positivo para os investidores. O Safra mantém recomendação de venda para as ações da Taesa.