O cenário do empreendedorismo feminino no Brasil em 2025 revela uma tendência significativa: a busca por flexibilidade no trabalho como principal motivação para as mulheres que decidem abrir seus próprios negócios. De acordo com uma pesquisa recente da Serasa Experian, 46% das mulheres brasileiras apontam a flexibilidade como o fator determinante para empreender. Esse número representa um aumento expressivo em relação a anos anteriores.
Além da flexibilidade, outros fatores como a independência financeira e a renda complementar também desempenham papéis importantes na decisão de empreender. A pesquisa destaca que 40% das mulheres buscam a independência financeira, enquanto 24% veem no empreendedorismo uma forma de complementar sua renda. Esses dados refletem uma mudança nas prioridades das mulheres empreendedoras em comparação com 2022.
Quais são os desafios enfrentados pelas mulheres empreendedoras?

Apesar do crescimento no número de mulheres empreendedoras, os desafios ainda são significativos. Um dos principais obstáculos é a conciliar as demandas familiares com as profissionais. Segundo o estudo, 71% das mulheres relatam dificuldades em equilibrar essas responsabilidades. Esse cenário é agravado pelo preconceito que muitas enfrentam ao tentar se destacar e assumir posições de liderança em seus respectivos mercados.
O preconceito é uma barreira real para 68% das mulheres empreendedoras, que relatam dificuldades em serem levadas a sério como líderes. Além disso, 65% enfrentam resistência ao tentar se posicionar em setores tradicionalmente dominados por homens. Esses desafios destacam a necessidade de mudanças culturais e estruturais para apoiar o crescimento do empreendedorismo feminino.
Por que a flexibilidade no trabalho se tornou tão importante?
A flexibilidade no trabalho emergiu como uma prioridade para as mulheres empreendedoras devido à necessidade de equilibrar múltiplas responsabilidades. Em 2025, essa motivação superou a busca pela independência financeira, que anteriormente era a principal razão para empreender. A pesquisa da Serasa Experian mostra que a flexibilidade teve um aumento de 17 pontos percentuais em comparação com 2022.
Essa mudança reflete uma adaptação às novas dinâmicas de trabalho e vida pessoal, onde as mulheres buscam maior controle sobre seus horários e atividades. A capacidade de gerenciar o tempo de forma mais eficaz permite que as empreendedoras atendam tanto às demandas profissionais quanto às pessoais, sem sacrificar uma em detrimento da outra.
O impacto do preconceito no empreendedorismo feminino
O preconceito continua a ser um desafio significativo para as mulheres que buscam empreender. A pesquisa revela que 57% das mulheres acreditam que têm menos facilidade para se posicionar em mercados dominados por homens. Esse preconceito não apenas limita as oportunidades de crescimento, mas também afeta a confiança e a percepção de valor das empreendedoras.
Para superar essas barreiras, é essencial promover uma cultura de inclusão e igualdade de gênero no ambiente de negócios. Iniciativas que incentivem a diversidade e a representatividade feminina podem contribuir para um ambiente mais acolhedor e propício ao sucesso das mulheres empreendedoras.
O futuro do empreendedorismo feminino no Brasil
O futuro do empreendedorismo feminino no Brasil parece promissor, apesar dos desafios. Com o aumento da busca por flexibilidade e a crescente conscientização sobre a importância da igualdade de gênero, espera-se que mais mulheres se sintam encorajadas a empreender. A criação de redes de apoio e a implementação de políticas inclusivas são passos fundamentais para garantir que as mulheres possam prosperar em seus negócios.
À medida que o empreendedorismo feminino continua a evoluir, é crucial que a sociedade e as instituições apoiem essa transformação, reconhecendo o valor e o potencial das mulheres como líderes e inovadoras no mercado de trabalho.