O dólar comercial fechou em queda de 1,02%, cotado a R$ 5,2220. A moeda norte-americana sucumbiu ante seus pares e emergentes, impactada pela baixa aversão global ao risco e pelo novo aumento na Selic (taxa básica de juros) – desta vez de 0,5 ponto percentual (pp) -, que foi a 13,75% ao ano.
Segundo o sócio da Top Gain, Leonardo Santana, “o dólar está perdendo tanto para o DXY (cesta de moedas desenvolvidas) quanto para as emergentes. Acredito que, neste cenário, chegue em R$ 5,13. Mas isso é apenas um retrato do momento, o cenário pode mudar em breve”.
De acordo com o economista da Guide Investimentos, Rafael Pacheco, “este câmbio tem um pouco da reação ao Comitê de Política Monetária (Copom), o que traz mais dinheiro para cá”, referindo-se ao fluxo estrangeiro.
Pacheco entende que a queda do dólar frente ao DXY reflete o bom humor do mercado nesta quinta: “De forma geral, o ambiente é mais positivo”, opina.
Para a economista-chefe do Banco Ourinvest, Fernanda Consorte, “embora a decisão já estivesse amplamente precificada pelo mercado, o tom um pouco mais duro pode ser positivo para o câmbio no curto prazo”, referindo-se ao comunicado da instituição que deixou as portas abertas para novos aumentos.
Paulo Holland / Agência CMA
Imagem: piqsels.com
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