Na última semana, o dólar entrou em uma queda contínua que levou a moeda americana atingir o menor valor em 2025 — na verdade, o menor desde o início de novembro de 2024. Mas diante de tantas incertezas no mercado financeiro, o que desvalorizou o dólar e valorizou o real?
O principal fator, segundo a trader Luana Pires, foi também o que impulsionou o Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, que ultrapassou os 130 mil pontos pela primeira vez no ano: valorização das commodities, reflexo de medidas de estímulo na China e das tensões no Oriente Médio.
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Com esse cenário, investidores estrangeiros aumentaram suas alocações no Brasil, o que contribuiu para a entrada de dólares no país, pressionando a cotação da moeda americana para baixo e jogando o real para cima.
Você confere a análise completa da Luana no canal do Monitor do Mercado no YouTube:
Exportações de petróleo impulsionam entrada de dólares
Outro fator relevante foi o avanço das exportações brasileiras de petróleo. Pela primeira vez, mais da metade da produção nacional (52,1%) foi enviada ao exterior, consolidando o Brasil como um grande fornecedor global. O petróleo superou a soja e se tornou o principal item da balança comercial brasileira.
A demanda crescente da China e da Europa por petróleo brasileiro, impulsionada pelas sanções à Rússia, gerou um aumento no fluxo de moeda estrangeira para o Brasil, reforçando a valorização do real.
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Mercado reage a declarações do Tesouro dos EUA
Nos Estados Unidos, o dólar também perdeu força após declarações do Secretário do Tesouro, Scott Benem. Ele minimizou preocupações sobre perdas no mercado financeiro e destacou que correções são normais no ciclo econômico.
A declaração reduziu a chamada “fuga para a segurança” que leva investidores a buscar ativos como ouro e dólar, considerados seguros, contribuindo para a desvalorização da moeda americana.
“Super quarta” pode influenciar a cotação do dólar
Investidores agora voltam a atenção para a chamada “super quarta”, quando bancos centrais ao redor do mundo, incluindo o Federal Reserve (Fed) e o Comitê de Política Monetária (Copom), definirão suas taxas de juros.
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A expectativa no Brasil é de um novo aumento da taxa Selic em 1 ponto percentual. Um aperto monetário mais agressivo tende a atrair ainda mais capital estrangeiro, o que pode intensificar a queda do dólar frente ao real.