Em 2025, o salário mínimo no Brasil foi reajustado para R$ 1.518,00, uma mudança significativa que reflete a política de valorização do governo. Este aumento, implementado em janeiro, considera a inflação acumulada e outros indicadores econômicos, e começou a ser pago em fevereiro. A alteração afeta milhões de brasileiros, desde trabalhadores do setor privado até beneficiários de programas sociais, e tem implicações amplas na economia do país.
A decisão sobre o novo valor foi anunciada pelo governo federal no final de 2024, após intensos debates no Congresso Nacional e com entidades representativas. O objetivo principal do reajuste é garantir que o poder de compra dos trabalhadores acompanhe o aumento do custo de vida. Além disso, o salário mínimo serve como base para benefícios como aposentadorias do INSS e o Bolsa Família, ampliando seu impacto na sociedade.
Como o reajuste do salário mínimo afeta a economia?

O aumento do salário mínimo para R$ 1.518,00 em 2025 traz efeitos significativos para a economia brasileira. Com mais dinheiro em circulação, o consumo tende a crescer, especialmente em setores como comércio e serviços. Pequenos negócios, como mercados e lojas de bairro, já relatam um leve aquecimento nas vendas desde o início de fevereiro, quando o novo valor começou a ser pago.
No entanto, o aumento também pressiona os custos das empresas, especialmente aquelas que empregam muitos trabalhadores com salários próximos ao mínimo. Indústrias e varejistas precisam recalcular suas despesas com mão de obra, o que pode levar a ajustes nos preços de produtos e serviços. Para micro e pequenas empresas, o impacto é ainda mais significativo, pois operam com margens de lucro menores.
Quais são os principais impactos do novo salário mínimo?
O reajuste do salário mínimo em 2025 trouxe uma série de alterações que afetam diferentes áreas da sociedade. Confira alguns dos principais pontos impactados:
- Benefícios previdenciários: Aposentadorias e pensões do INSS vinculadas ao salário mínimo passaram a ser pagas com base em R$ 1.518,00, beneficiando cerca de 25 milhões de pessoas.
- Programas sociais: O Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) tiveram seus valores atualizados, ampliando o suporte a famílias de baixa renda.
- Custo de vida: Apesar do aumento, o valor ainda é insuficiente para cobrir a cesta básica em grandes cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, onde os preços superam R$ 700,00.
- Empregabilidade: Empresas podem reduzir contratações para compensar os custos, especialmente no setor informal, que emprega milhões de brasileiros.
Desafios do novo valor frente ao custo de vida
Embora o reajuste para R$ 1.518,00 seja um avanço, o valor ainda enfrenta críticas por não acompanhar plenamente o custo de vida no Brasil. Em regiões metropolitanas, o preço da cesta básica ultrapassa metade do salário mínimo, deixando pouco espaço para despesas como moradia, transporte e saúde. Em São Paulo, por exemplo, o custo médio da cesta básica em janeiro de 2025 chegou a R$ 750,00, enquanto em Recife ficou em torno de R$ 600,00.
Sindicatos e movimentos sociais continuam pressionando por aumentos mais expressivos, argumentando que o ganho real deste ano, embora positivo, é tímido diante das necessidades da população. Em contrapartida, especialistas alertam que reajustes muito altos podem gerar inflação e desemprego, especialmente em um momento de incerteza econômica global.
Calendário de pagamentos do INSS em 2025
O INSS divulgou o cronograma de pagamentos para 2025, já considerando o novo valor do salário mínimo. Os depósitos seguem a ordem do número final do benefício, sem o dígito verificador. Veja como ficou o calendário para quem recebe até um salário mínimo:
- Final 1: 24 de janeiro (referente a dezembro de 2024) e 25 de fevereiro (referente a janeiro de 2025).
- Final 2: 27 de janeiro e 26 de fevereiro.
- Final 3: 28 de janeiro e 27 de fevereiro.
- Final 4: 29 de janeiro e 28 de fevereiro.
- Final 5: 30 de janeiro e 31 de março.
Para quem recebe acima do mínimo, os pagamentos começam alguns dias depois, mas todos já refletem o reajuste proporcional ao teto de R$ 8.092,00. O calendário é essencial para que beneficiários organizem suas finanças ao longo do ano.