Em 2025, o cenário de segurança pública no Brasil mostra que algumas cidades continuam a ser referências em baixos índices de criminalidade. Regiões do interior de São Paulo e cidades de Santa Catarina são frequentemente citadas em estudos sobre segurança urbana. Um levantamento recente do guia de imóveis My Side, baseado em dados do Painel de Monitoramento de Mortalidade da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente e do Censo 2022, identificou cidades com mais de 100 mil habitantes que se destacam pela segurança.
Entre as cidades que se sobressaem, Jaraguá do Sul e Blumenau, em Santa Catarina, são exemplos notáveis. Além disso, cidades do interior paulista, como Valinhos, Botucatu e Salto, também figuram entre as mais seguras do país, reconhecidas por suas baixas taxas de homicídio e elevada qualidade de vida.
O que faz de Valinhos uma cidade segura?

Valinhos, no interior de São Paulo, destaca-se por:
- Taxa de homicídios: Apenas 0,9 por 100 mil habitantes, uma das menores do estado, refletindo políticas locais de prevenção à violência e forte integração comunitária.
- Infraestrutura: Desenvolvimento econômico consolidado com indústrias de ponta nos setores de logística, tecnologia e metalurgia, atraindo investimentos e gerando empregos qualificados. A proximidade com Campinas (cerca de 10 km) fortalece sua posição no polo tecnológico paulista.
- Qualidade de vida: Conhecida como a “Capital do Figo Roxo”, Valinhos mantém uma produção agrícola tradicional que complementa sua economia moderna. Com cerca de 130 mil habitantes, oferece amplas áreas verdes, como o Parque Municipal Monsenhor Bruno Nardini, e um índice de arborização urbana elevado, contribuindo para o bem-estar da população.
Como Botucatu se destaca em segurança?
Botucatu, também em São Paulo, é reconhecida por:
- Taxa de homicídios: 2,8 por 100 mil habitantes, a 220 km da capital, resultado de investimentos contínuos em policiamento comunitário e tecnologias de monitoramento, como câmeras de segurança integradas.
- IDH elevado: Cerca de 0,800, classificado como “muito alto”, com taxa de alfabetização superior a 98% e expectativa de vida acima de 75 anos (segundo projeções baseadas em dados do IBGE). A presença da Unesp e de um polo de saúde robusto tornam a cidade ideal para envelhecer com qualidade.
Por que Jaraguá do Sul é considerada segura?
Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, lidera em segurança:
- Taxa de homicídios: 2,3 por 100 mil habitantes, com uma população estimada em 182 mil moradores, mantendo-se como referência nacional em segurança pública no Sul do Brasil.
- Iniciativas: A Associação de Amigos da Segurança Pública, fundada em 2016, segue ativa, promovendo a colaboração entre polícias Civil e Militar, bombeiros, judiciário e setores público e privado. Projetos como câmeras de reconhecimento facial e patrulhamento ostensivo têm reduzido crimes violentos.
- Economia: Base econômica sólida, com empresas como WEG (líder em motores elétricos) e indústrias têxteis, além de programas de capacitação profissional para jovens, como o “Jovem Aprendiz”, que diminuem a vulnerabilidade social.
O que contribui para a segurança em Blumenau?
Blumenau, em Santa Catarina, destaca-se por:
- Taxa de homicídios: Cerca de 4 por 100 mil habitantes, a mais baixa entre as cidades catarinenses com mais de 200 mil habitantes (população estimada em 370 mil em 2025). A segurança é impulsionada por políticas locais e forte engajamento comunitário.
- Redução: Queda de 33% nos homicídios desde 2022, quase equiparável a Brusque, graças a iniciativas como o aumento de rondas policiais e programas de reinserção social para ex-detentos, implementados nos últimos anos.
Cidades seguras no Brasil em 2025
Essas cidades brasileiras exemplificam como políticas eficazes de segurança pública, como o uso de tecnologia e parcerias comunitárias, combinadas com desenvolvimento econômico sustentável e programas sociais inclusivos, criam comunidades mais seguras e com alta qualidade de vida. Dados do Atlas da Violência e do IBGE, aliados a projeções para 2025, reforçam que investimentos em educação, saúde e infraestrutura são fundamentais para manter esses índices baixos, oferecendo modelos replicáveis para outras regiões do país.