A Gol (GOLL4) firmou compromisso com investidores para captar até US$ 1,25 bilhão em financiamento, dentro de um pacote total de US$ 1,9 bilhão, conforme fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nesta segunda-feira (24).
O montante será usado para quitar obrigações previstas no financiamento “debtor-in-possession” (DIP), tomado no início do processo de recuperação judicial da companhia nos Estados Unidos (Chapter 11), além de fornecer capital de giro para suas operações.
Em reação ao acordo anunciado nesta segunda, os papéis da Gol disparam na Bolsa de Valores brasileira, com uma das maiores altas da B3, avançando 5,63%, a R$ 1,50.
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Redução da dívida e impacto nos acionistas
Segundo a Gol, seu endividamento será “significativamente” reduzido, com a conversão em capital ou extinção de até aproximadamente US$ 1,7 bilhão da dívida financiada antes do início do Chapter 11 e até aproximadamente US$ 850 milhões de outras obrigações.
A empresa destacou que, “considerando que a conversão será realizada com base no valor econômico das ações da Gol antes da conversão, em conformidade com a legislação aplicável, espera-se uma diluição significativa das ações de emissão da Gol atualmente existentes, sujeito aos direitos de preferência dos acionistas previstos na legislação brasileira”.
Possíveis novas captações
Além do financiamento já anunciado, a Gol afirmou que está avaliando “outras alternativas viáveis e competitivas” para seu processo de recuperação e capitalização.
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Entre as opções em estudo, estão a emissão de novas dívidas ou a venda de participação acionária para potenciais investidores financeiros, como fundos de crédito e private equity, ou investidores estratégicos, de capital nacional ou estrangeiro.
Expectativa por balanço da Gol
O mercado aguarda pela divulgação dos resultados do balanço da Gol no quarto trimestre de 2024, que estão marcados para a próxima sexta-feira (28). A companhia aérea será uma das últimas da temporada a revelarem os seus dados.
No terceiro trimestre, a Gol registrou um prejuízo de R$ 830 milhões, revertendo o lucro do mesmo período do ano anterior. Confira todos os principais dados operacionais da companhia aérea no Monitor Empresas.
