O dólar fechou esta quarta-feira (26) em alta de 0,41%, a R$ 5,73. A valorização do dólar foi impulsionada pelo fortalecimento da moeda americana no exterior e pela cautela no mercado doméstico diante de incertezas fiscais e políticas.
Durante a sessão, o mercado operou sob expectativa em relação ao anúncio de novas tarifas de importação pelo governo dos Estados Unidos. O presidente Donald Trump confirmou que divulgará hoje uma nova rodada de tarifas sobre automóveis importados.
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A medida reforça a volatilidade dos mercados globais, impactando moedas emergentes como o real. O índice DXY, que mede o desempenho do dólar contra uma cesta de moedas fortes, subiu 0,4%, atingindo 104,500 pontos.
Cenário fiscal e juros influenciam câmbio
No Brasil, a preocupação com o quadro fiscal segue no radar dos investidores. As incertezas sobre a reforma da renda e os impactos da isenção de Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil mensais geram dúvidas sobre a compensação da perda de arrecadação.
Além disso, há divergências entre a política monetária do Banco Central (BC) e o estímulo ao consumo via crédito consignado privado. Enquanto o BC mantém juros elevados para controlar a inflação, o governo busca incentivar o consumo, o que pode gerar distorções na economia.
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Investidores ajustam posições
A alta do dólar também refletiu um ajuste técnico no mercado. Após a queda da moeda na terça-feira, investidores recompraram posições defensivas. O fluxo cambial total em março (até o dia 24) ficou negativo em US$ 7,530 bilhões, segundo o Banco Central.
Operadores destacam que a valorização do real no mês tem sido sustentada pela redução de posições compradas em derivativos cambiais por estrangeiros, que ontem diminuíram essa exposição em US$ 1,31 bilhão, para US$ 40 bilhões — o menor nível desde junho de 2023.
Análise sobre o dólar
Em vídeo publicado no canal do Monitor do Mercado no YouTube, a trader Luana Pires comentou, com base em notícias e gráficos, o dólar entrou no ritmo de montanha-russa. Veja a análise completa: