A inflação na Alemanha desacelerou, caindo de 2,3% em fevereiro para 2,2% em março, segundo dados preliminares divulgados pelo Destatis, órgão oficial de estatísticas do país, divulgados nesta segunda-feira (31).
O resultado, medido pelo Índice de Preço ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), ficou acima da projeção de analistas consultados pela FactSet, que esperavam um avanço de 2,1% no período.
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No comparativo mensal, o CPI subiu 0,3%, abaixo da expectativa do mercado, que previa alta de 0,4%.
Riscos inflacionários à frente
Apesar da desaceleração, o banco neerlandês ING espera que a inflação alemã oscile dentro da faixa de 2% a 2,5% nos próximos meses. Fatores como estímulos fiscais, novas políticas comerciais e tensões geopolíticas podem pressionar os preços, segundo a análise.
O ING também explica que um aumento de tarifas comerciais e eventuais retaliações da União Europeia aos Estados Unidos podem gerar pressões inflacionárias no curto prazo.
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Por outro lado, no longo prazo, uma possível guerra comercial deve ter efeito contrário, reduzindo a inflação caso o crescimento econômico enfraqueça e empresas sejam forçadas a liquidar estoques a preços mais baixos.
Desaceleração pode abrir caminho para corte de juros
Para o banco neerlandês, o Banco Central Europeu (BCE) enfrenta um cenário desafiador, causado por:
- Uma postura fiscal mais rígida da Alemanha;
- Novos investimentos da União Europeia em defesa;
- O impacto das tarifas americanas sobre os automóveis europeus.
Mas a análise também destaca que a desaceleração da inflação na Alemanha pode abrir caminho para uma política monetária mais flexível. Ou seja, para um corte nas taxas de juros.