O mercado de ações dos Estados Unidos passa por um início de ano marcado por fortes perdas. Entre 20 de janeiro e o pregão desta segunda-feira (7), o valor de mercado das empresas listadas nas bolsas norte-americanas caiu US$ 9,9 trilhões, segundo levantamento da consultoria Elos Ayta.
Grande parte dessa desvalorização aconteceu neste mês de abril, após o anúncio das tarifas comerciais impostas pelo presidente dos EUA, Donald Trump. Em apenas três pregões após o decreto, houve um tombo de US$ 6,2 trilhões, alimentado pela desconfiança dos investidores em meio à escalada da guerra comercial.
O movimento de pânico, alimentado por incertezas regulatórias e temores geopolíticos, atingiu em cheio as empresas americanas, com destaque negativo para os segmentos fora da big techs.
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Sete Magníficas amortecem queda das bolsas dos EUA
As companhias mais afetadas no recorte analisado pela Elos Ayta estão fora do seleto grupo das “Sete Magníficas” — Apple, Microsoft, Nvidia, Amazon, Alphabet, Meta e Tesla. Sem elas, a queda seria ainda pior.
Nesta segunda-feira, o grupo que concentra as gigantes de tecnologia e inovação conseguiu recuperar US$ 32 bilhões em valor de mercado — mesmo com a queda acima dos 3% da Apple —, em uma ligeira retomada, após dois pregões de pressão. Por outro lado, as demais empresas caíram US$ 168 bilhões.

Apple e Nvidia lideram quedas
No entanto, esse pequeno suspiro positivo não apaga o estrago acumulado: desde 20 de janeiro, as Sete Magníficas perderam, no total, US$ 4,2 trilhões em capitalização de mercado. Já o restante das empresas americanas, por sua vez, viu uma destruição de valor ainda maior, da ordem de US$ 5,7 trilhões no período.
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A decomposição dos dados mostra que o impacto foi generalizado. Apple e Nvidia foram as que mais sofreram em termos absolutos, com perdas de US$ 729 bilhões e US$ 991 bilhões, respectivamente, desde janeiro. A Tesla, mesmo com uma base menor, viu seu valor derreter quase pela metade.
O CEO da Elos Ayta, Einar Rivero, conclui o levantamento abordando qual é a tendência atual: um repique técnico (curto movimento de alta dentro de um grande movimento de baixa) ou o início de uma reversão consistente.