As transações correntes do balanço de pagamentos registraram déficit de US$2,8 bilhões em março de 2022, ante déficit de US$5,2 bilhões em março de 2021. Na comparação interanual, houve aumento de US$6,6 bilhões no saldo da balança comercial de bens, parcialmente compensado pelas elevações de US$2,8 bilhões no déficit em renda primária e de US$1,1 bilhão no déficit em serviços. O déficit em transações correntes nos doze meses encerrados em março de 2022 somou US$23,5 bilhões (1,41% do PIB), ante US$26,0 bilhões (1,59% do PIB) no mês anterior e US$22,8 bilhões (1,62% do PIB) em março de 2021.
A balança comercial de bens registrou superávit de US$6,1 bilhões em março de 2022, ante saldo negativo de US$514 milhões em março de 2021. As exportações de bens totalizaram US$29,7 bilhões, enquanto as importações somaram US$23,6 bilhões, incremento de 21,1% e redução de 5,8% em comparação a março de 2021, respectivamente.
Os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP) somaram US$7,6 bilhões em março de 2022, ante US$7,0 bilhões em março de 2021. Houve ingressos líquidos de US$6,2 bilhões em participação no capital e de US$1,4 bilhão em operações intercompanhia. Nos doze meses encerrados em março de 2022, o IDP totalizou US$51,2 bilhões (3,08% do PIB), ante US$50,7 bilhões (3,11% do PIB) no mês anterior e US$44,0 bilhões (3,12% do PIB) em março de 2021.
As reservas internacionais somaram US$353,2 bilhões em março de 2022, redução de US$4,6 bilhões em comparação ao mês anterior. O resultado decorreu, principalmente, das variações por paridades e por preços, que contribuíram para reduzir o estoque em US$4,0 bilhões e US$618 milhões, na ordem. A receita de juros somou US$481 milhões no mês.
Pedro do Val de Carvalho Gil / Agência CMA
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