Na última sexta-feira (11), a Agência de Alfândega e Proteção de Fronteiras dos Estados Unidos divulgou uma nova lista de isenções tarifárias, beneficiando grandes empresas de tecnologia como Apple, Nvidia e Dell — mas de forma temporária.
A medida exclui smartphones, computadores, servidores e outros bens eletrônicos das tarifas anunciadas anteriormente pelo governo Trump. Eles estavam sujeitos a uma tarifa de até 145% caso viessem da China e agora enfrentarão uma taxa entre 5% a 20%.
Nesta manhã, as ações de Apple (+3,65%), Nvidia (+1,19%) e Dell (+6,20%) operam em alta após o anúncio, impulsionando o setor de tecnologia, que avança mais de 2% após a abertura.
Smartphones e PCs fora da nova tarifa
Entre os beneficiados estão itens como PCs, servidores, pen drives, telas de TV, semicondutores, SSDs e celulares — muitos fabricados na China. A mudança afeta US$ 385 bilhões em importações previstas para 2024, sendo US$ 100 bilhões apenas da China.
No segmento de computadores e servidores, a redução tarifária média foi de 45% para 5%, segundo cálculos da Barron’s. Já no setor de smartphones, que representa US$ 41 bilhões em importações, a tarifa caiu de 119% para 16%.
Apple lidera entre os beneficiados
A Apple, que monta a maior parte de seus dispositivos na China, deve ser a principal favorecida. A empresa chegou a iniciar uma operação emergencial para enviar iPhones fabricados na Índia para os Estados Unidos antes da entrada em vigor das tarifas, fretando aviões cargueiros para transportar cerca de 1,5 milhão de aparelhos.
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A medida também favorece empresas como Dell, HP, Super Micro, Hewlett Packard Enterprise e Nvidia — todas com forte presença no setor de tecnologia e que dependem da importação de componentes asiáticos.
Isenção para empresas de tecnologia não é definitiva
Apesar da mudança, o governo dos EUA informou que a decisão é temporária. O presidente Donald Trump afirmou que os produtos isentos foram apenas transferidos para uma nova categoria tarifária e que a aplicação de taxas específicas ao setor ainda está nos planos.
Segundo Trump, a cadeia de suprimentos de semicondutores e eletrônicos seguirá sendo analisada, e novas tarifas poderão ser definidas no futuro. Ele também reafirmou que o objetivo é reestruturar o comércio dos EUA, principalmente em relação à China.
