As bolsas da Europa fecharam esta quarta-feira (23) em alta, impulsionadas por declarações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Ele afirmou que as tarifas americanas sobre produtos chineses “não serão tão altas” e negou intenção de demitir Jerome Powell, atual presidente do Federal Reserve (Fed).
Trump também declarou que busca um “acordo justo com a China” e sugeriu que outros países estão interessados em novos tratados. Segundo a imprensa internacional, o republicano também defende que o Reino Unido reduza sua tarifa sobre automóveis de 10% para 2,5%.
Por sua vez, o comissário de Economia e Indústria da União Europeia, Valdis Dombrovskis, afirmou que o bloco está aberto a renegociar acordos comerciais com os EUA.
Desempenho dos índices
- DAX (Frankfurt): +3,14%, aos 21.961,97 pontos;
- CAC 40 (Paris): +2,13%, aos 7.482,36 pontos;
- FTSE MIB (Milão): +1,42%, aos 36.457,68 pontos;
- Ibex 35 (Madri): +1,52%, aos 13.208,30 pontos;
- FTSE 100 (Londres): +0,90%, aos 8.403,18 pontos;
- PSI 20 (Lisboa): +0,10%, aos 6.836,79 pontos.
Movimentações no mercado corporativo
O papel da SAP foi o principal destaque do DAX, com salto de 10,6%, após a empresa anunciar aumento de 58% no lucro. A BMW também subiu, com alta de 2,59%, após anunciar parceria com a empresa chinesa DeepSeek.
Na França, a Eurofins Scientific disparou 12%, impulsionada por resultados positivos de receita e a reafirmação de projeções para 2025. A Danone avançou 0,79%, também com apoio de vendas melhores.
O setor de tecnologia também esteve em evidência na Europa: o índice Stoxx 600 subiu 4,74%, após multas aplicadas pela União Europeia contra Apple e Meta.
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PMI em queda, mas ignorado pelo mercado
Apesar da alta das bolsas, os dados econômicos da região mostraram enfraquecimento. O PMI composto da zona do euro caiu para 50,1 pontos. Índices semelhantes do Reino Unido e da Alemanha também registraram recuo.
O PMI (Índice de Gerente de Compras) mede a atividade econômica nos setores industrial e de serviços. Leituras acima de 50 indicam expansão; abaixo, retração.
No entanto, os investidores deixaram os dados em segundo plano e focaram nas sinalizações políticas e comerciais vindas dos Estados Unidos.
