A estatal de gás russa Gazprom afirmou hoje que “não pode garantir o bom funcionamento” do gasoduto Nord Stream, principal fonte de fornecimento do gás russo à União Europeia (UE), por conta da retenção no Canadá de uma turbina mandada para a reparação.
Em um comunicado, a empresa alegou não saber se conseguirá reaver uma turbina que foi enviada para reparos no Canadá, o que comprometeria a segurança da operação. O movimento é visto por muitos como uma resposta da Rússia às sanções ocidentais por conta da invasão da Ucrânia.
“A Gazprom não tem nenhum documento que indique que a Siemens está apta a levar a turbina a gás da estação de Portovaya para fora do Canadá, onde está em reparo. Nessa circunstâncias, não é possível garantir um funcionamento seguro da estação, que é um estrutura fundamental para o gasoduto Nord Stream”, disse a nota.
Antes mesmo de o Nord Stream deixar de funcionar, a Rússia já havia diminuído consideravelmente seu fornecimento nas últimas semanas, alegando a falta de turbinas Siemens, necessárias, de acordo com Moscou, para a compressão do gasoduto.
“A Gazprom não possui nenhum documento que permita à Siemens retirar do Canadá o motor de turbina a gás” que Ottawa, no entanto, afirma querer devolver à Alemanha, disse a Gazprom. “Nestas condições, não é possível tirar conclusões objetivas sobre a evolução da situação em termos de segurança e operação segura do gasoduto”, acrescentou o grupo.
Larissa Bernardes / Agência CMA
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