O episódio do podcast “Fechamento do Mercado” de hoje já está no ar, nas principais plataformas de podcasts. E nesta segunda-feira (5), a combinação entre incertezas políticas nos Estados Unidos e um aumento inesperado na produção de petróleo pela Opep+ pressionou os mercados.
O Ibovespa, principal índice da Bolsa brasileira, caiu 1,2%, aos 133.490 pontos, acompanhando o movimento de queda nas bolsas americanas.
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Postura de Trump aumenta aversão ao risco
Apesar de avanços nas negociações comerciais dos Estados Unidos com outros países, o mercado reagiu negativamente à entrevista do ex-presidente Donald Trump, em que reafirmou ser ele o responsável final por qualquer decisão em acordos internacionais.
Esse tipo de discurso, visto como imprevisível, aumenta a percepção de risco dos investidores e pode dificultar a conclusão de acordos comerciais relevantes.
A insegurança quanto ao cenário externo reduziu o apetite por risco e provocou queda nas bolsas americanas: o Dow Jones recuou 0,2%, o S&P 500 caiu 0,6%, e o Nasdaq perdeu 0,7%.
Opep+ amplia oferta de petróleo e pressiona commodities
O outro fator de pressão veio do setor de energia. No fim de semana, a Opep+ — grupo formado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados — anunciou que sua produção diária aumentará para 960 mil barris, quase o dobro do volume atual.
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O aumento da oferta ocorre em um momento de desaceleração da demanda global por conta da atividade econômica fraca em diversas regiões. Com isso, os preços do petróleo tipo WTI e Brent caíram para os níveis mais baixos desde o início de 2021.
Dólar avança frente ao real
A moeda americana recuou 0,3% frente a uma cesta de moedas fortes, refletindo um enfraquecimento global. No entanto, contra o real, o dólar subiu 0,6% e fechou o dia cotado a R$ 5,68. O movimento indica maior cautela dos investidores com mercados emergentes.
Lula discute crédito com bancos públicos
No cenário doméstico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu com executivos da Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e ministros para debater a criação de uma linha de crédito destinada a entregadores de aplicativo.
A proposta pode afetar o setor financeiro e as empresas de tecnologia que atuam com serviços por demanda, como delivery e transporte de passageiros. Qualquer estímulo de crédito direcionado a essa categoria pode influenciar o consumo e o crédito no varejo.
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Haddad busca aproximação com os EUA
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que o Brasil tem interesse em estreitar laços econômicos com os Estados Unidos, semelhante ao que ocorreu durante o governo de Joe Biden.
Após reunião com o investidor Scott Bessent e o secretário do Tesouro americano, Haddad afirmou que há entendimentos bilaterais sobre tarifas. Um maior alinhamento pode abrir espaço para acordos comerciais e cooperação econômica entre os dois países, o que pode ter reflexos positivos em setores como agronegócio e indústria.