As vendas do comércio varejista subiram 0,8% em março, na comparação com fevereiro, alcançando o maior nível da série histórica iniciada em 2000. Já o varejo ampliado, que inclui material de construção, veículos e autopeças, cresceu 1,9% em março, revertendo a queda de 0,2% em fevereiro.
Segundo dados da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), é o terceiro mês consecutivo de crescimento.
Com esse desempenho, o índice de média móvel trimestral subiu 0,6%, mantendo a trajetória positiva após o avanço de 0,3% no trimestre anterior.
Alta concentrada em seis dos oito setores
Seis das oito atividades pesquisadas registraram crescimento. O maior avanço foi do setor de livros, jornais, revistas e papelaria, com alta de 28,2%.
Segundo o IBGE, o desempenho foi influenciado por uma mudança no calendário escolar, que deslocou as vendas de livros didáticos de fevereiro para março neste ano.
Outro destaque foi o setor de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, que cresceu 3,0%.
O movimento foi impactado pela variação do dólar. Produtos eletrônicos são, em grande parte, importados, e as empresas têm aguardado momentos mais favoráveis para repor estoques, o que provoca volatilidade no volume de vendas.
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Hiper e supermercados, setor com forte peso na pesquisa, também avançaram, com crescimento de 0,4%. Artigos farmacêuticos, médicos e de perfumaria, tecidos, vestuário e calçados e outros artigos de uso pessoal também tiveram alta.
Quedas pontuais no mês
Entre os setores que registraram queda entre fevereiro e março estão móveis e eletrodomésticos (-0,4%) e combustíveis e lubrificantes (-2,1%).
No caso dos combustíveis, o recuo ocorre após dois meses seguidos de crescimento e reflete, segundo o IBGE, uma redução na demanda no mês.
Comparação anual mostra retração
Na comparação com março de 2024, o varejo teve queda de 1%. Cinco setores recuaram: livros e papelaria (-6,9%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (-6,3%), informática e escritório (-2,1%), hiper e supermercados (-1,4%) e combustíveis e lubrificantes (-0,8%).
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Segundo o IBGE, mesmo com o crescimento mensal de 28,2%, o setor de papelaria segue em queda no comparativo anual, refletindo a redução estrutural das vendas de produtos físicos como livros.
Por outro lado, três setores avançaram: móveis e eletrodomésticos (3,3%), artigos farmacêuticos (2,1%) e vestuário e calçados (1,4%).
No varejo ampliado, a queda interanual foi de 1,2%. O recuo foi puxado pelos segmentos de veículos (-2,2%) e atacado especializado em alimentos e bebidas (-3,6%). O setor de material de construção teve crescimento de 5,2%.